Saúde

Curitiba vai sediar o III Seminário Mulheres Negras e Saúde
06-11-2008 18:00

Nos próximos dias 13, 14 e 15 acontece em Curitiba o III Seminário Mulheres Negras e Saúde. O evento, promovido pela Rede de Mulheres Negras do Paraná, tem como objetivo discutir as condições de saúde para essa população.

De acordo com diretora administrativa da Rede de Mulheres Negras do Paraná e representante da Rede no Conselho Estadual de Saúde, Cíntia Martins Novaes, este tipo de evento representa, além de capacitação de profissionais, uma forma de divulgação da necessidade de respeitar o direito da mulher negra à saúde e “discute as principais dificuldades enfrentadas por esta população”.

Para o secretário da Saúde, Gilberto Martin, fomentar a discussão sobre saúde em esferas que envolvam a comunidade é importante porque é a comunidade que enfrenta diretamente as dificuldades e os problemas que existem dentro de setores, ainda mais um setor tão essencial quanto à saúde.

A organização do seminário estima a participação de mais de 200 mulheres. Dentre os temas abordados, destaca-se: Segurança alimentar e nutricional; racismo e auto-estima; violência; mortalidade materna; humanização no atendimento; anemia falciforme e saneamento nas comunidades quilombolas.

APOIO – A Secretaria da Saúde apóia o evento e participará da discussão sobre doença falciforme. De acordo com a médica hematologista responsável técnica do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar), Edna Carboni, falar dessa doença, aqui no Brasil, é extremamente importante, por que temos uma predominância de descendentes africanos.

“Agora temos a possibilidade de diagnosticar a doença precocemente, com implantação de triagem pré-natal. Mas normalmente, esta doença, é descoberta na fase adulta, o que causa sofrimento para o paciente e faz com que o nosso trabalho de orientação seja tão importante quanto outras medidas”, explica Edna.

FALCIFORME – Hereditária é caracterizada por uma alteração nas hemácias – uma deficiência na hemácia. Os sintomas são cansaço, infecção, olhos amarelados e inchaço. Ocorre em pessoas com pele negra, descendentes de africanos e também de árabes.

A doença falciforme não tem cura e necessita de tratamento continuado. Atualmente o Hemepar faz o acompanhamento de 100 pacientes – entre crianças e adultos.


Agência Estadual de Notícias
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