Saúde

Dia Mundial da Saúde Mental incentiva atividades para melhorar atendimento
10-10-2008 21:02

O secretário da Saúde, Gilberto Martin, participou, na manhã desta sexta-feira (10), de reunião sobre o Dia Mundial de Saúde Mental, no Centro Psiquiátrico Metropolitano (CPM). “Tenho grande respeito pelo trabalho dos profissionais que atuam nessa área, que é fundamental para o convívio em sociedade. Principalmente se pensarmos que, em algum momento, todos nós vivemos uma situação de fragilidade que resultou em depressão ou desmotivação”, comentou.

Vários municípios promoveram atividades para discutir o tema “Saúde mental como prioridade: melhoria dos serviços com participação social e cidadania”. De acordo com o Ministério da Saúde, estima-se que 12% da população necessitem de algum atendimento em saúde mental (contínuo ou eventual); 3% sofrem de transtornos mentais severos e persistentes e outros 6% apresentam transtornos psiquiátricos graves, decorrentes do álcool e outras drogas.

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que as doenças mentais são uma das principais causas tratáveis de suicídio. Diariamente, são responsáveis por cerca de 800 mil mortes no mundo. Cerca de 450 milhões de pessoas em todo o planeta sofrem ou sofrerão de problemas mentais, neurológicos ou comportamentais.

REFORMA – Com a lei 10.216/02 começou o processo de reforma psiquiátrica, que visa evitar o internamento de pacientes com problemas mentais e promover o tratamento mais humanizado.

No Paraná, o atendimento em saúde mental pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é feito em Curitiba pelo Centro Psiquiátrico Metropolitano e Hospital Adalto Botelho. De forma descentralizada, em todo o Estado, os Centros de Atendimento Psicossocial (CAPS) promovem o atendimento.

“O CPM é uma unidade que engloba várias outras e por isso oferece muitas opções de tratamento em um local só. Buscamos a união de todas as instancias (estaduais, federais, ONGs e a comunidade) em torno da saúde mental para discutir uma política ativa de intervenção resolutiva para o paciente”, ressaltou o diretor do CPM, Olavo Gasparin. No último ano, a unidade realizou mais de 111,5 mil atendimentos. Deste total, 51,75% foram no pronto-atendimento.

Neste ano, mais de 100 mil procedimentos foram realizados. No pronto atendimento foram 45 mil; ambulatório, 14 mil e no ambulatório infanto-juvenil 9 mil pacientes. Outros 33 mil foram atendidos pelo CAPS.

CAPS – Implantado progressivamente desde a década de 70, o Centro de Atendimento Psicossocial (CAPS), segue o modelo italiano de lidar com a saúde metal. Ao todo são 87 centros em funcionamento e outros 22 em fase de implantação. Profissionais da área em conjunto com a família do paciente trabalham com o objetivo de resgatar “projetos de vida”.

As equipes, formadas por psicólogos, terapeutas ocupacionais, enfermeiros e psiquiatras, têm como principal diferencial oferecer um atendimento individualizado para cada paciente, visando sua reinserção social, explica a diretora administrativa do CPM, Silvana Ceccarelli.

Ainda de acordo com o CPM, o trabalho dos CAPS possibilitou a redução de internamentos de pacientes com transtorno mental em hospitais, o qual, em 2007 passou dos 3 mil.


Agência Estadual de Notícias
Foto: Venilton Kuchnner
POW INTERNET
<

Nenhum item encontrado