Saúde
Encontro celebra comitês e debate redução da mortalidade materno-infantil no Estado
25-11-2009 12:08
Tweet“Os comitês têm um papel imprescindível na investigação e diagnóstico preciso das causas de morte materna e infantil, indicando que a maioria delas ocorre por causas evitáveis. Esta análise nos permite organizar ações governamentais, que contribuam de forma efetiva para a redução das taxas de mortalidade materno-infantil em todo o Estado”, destacou Martin.
Conforme os dados dos comitês, a maioria das causas que levam mães e bebês à morte pode ser evitada com medidas simples. “Por isso a prevenção é o melhor caminho”, complementou o secretário, que aproveitou sua palestra para introduzir o Programa Nascer no Paraná: Direito à Vida como uma das estratégias do governo para reduzir a mortalidade.
“Este programa, é composto por seis passos, que vão desde a implantação de comitês municipais e busca ativa de gestantes até o acompanhamento das crianças de até um ano”, explicou.
Para ele, o sucesso do projeto consiste em transformá-lo numa grande mobilização social. “Nosso desejo é que o programa tenha um grau de envolvimento tão grande na sociedade que cada comunidade cuide e vigie das gestantes do seu município, para que juntos ajudemos a evitar a morte de nossas gestantes e crianças”, completou.
A presidente do Comitê de Prevenção da Mortalidade Materna, Eliana Carzino, reforçou a importância da pareceria do governo do Estado com o Comitê. “Somos o que somos hoje graças à Secretaria da Saúde, que sempre nos apoiou nestes 20 anos de trabalho, criando novas análises para a saúde pública, que favorecessem as gestantes”, declarou.
Presente no seminário, a coordenadora da Saúde da Mulher do Ministério da Saúde, Lena Perez, destacou a importância do evento para mobilizar os profissionais de saúde e realizar um trabalho conjunto. “O cuidado com a saúde de mães e bebês é um assunto que deve receber atenção das três esferas governamentais, para que juntos possamos aplicar ações que diminuam os índices em todo Brasil”, ressaltou.
O presidente da Federação das Indústrias do Paraná (FIEP), Rodrigo Rocha Louris, que cedeu o espaço para a realização do evento, reconheceu a importância em discutir o tema saúde. “Reconhecemos a importância do tema e por isso temos construído uma parceria muito frutífera com a Secretaria da Saúde do Estado e de Curitiba, para fazer do Paraná um exemplo para o restante do país”, destacou.
Experiência - O evento recebeu reconhecimento também dos inscritos, que ficaram satisfeitos com a iniciativa. Para a psicanalista corporal, Nazará Nely, da 2a Regional de Saúde de Curitiba, o evento permitiu que ela tivesse um novo olhar sobre a saúde de gestantes. “Uma das lições que levo daqui é que ao atender uma gestante precisamos observar todo o contexto em que ela se encontra e levar em consideração seu comportamento. Detalhes básicos como estes é que farão a diferença na hora do atendimento e, consequentemente, no cuidado que teremos com a paciente”, considerou.
Da mesma forma, a enfermeira Suellen Padilha, de Congoinhas, também considera que levará novos conhecimentos para sua cidade. “Acredito que este é o caminho da prevenção. Temos aqui a oportunidade de nos atualizar e trocar experiências que poderão ser aplicadas em nossos municípios”, afirmou.
Promovido pela Secretaria da Saúde, o encontro, que vai até quinta-feira (26), reuniu profissionais do ramo de vários municípios do Paraná e também de outros estados, para analisar e discutir as ações desenvolvidas pelos comitês na investigação, e as propostas de intervenção para reduzir a mortalidade materna e infantil em todo Estado.
Dados - Em 2002, a mortalidade infantil em nosso Estado era de 16,7 mortes por mil nascidos vivos. Em 2008 esse número caiu para 13. Em 2005, havia 65,6 mortes de mães para cada 100 mil crianças nascidas vivas no Paraná, taxa reduzida para 52,2 em 2009.
Agência Estadual de Notícias
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