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Federação prevê reajuste de planos de saúde apenas em 2011 por causa de novas coberturas
12-01-2010 22:32

TweetCarolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A partir de 2011, os valores dos planos de saúde devem ter aumento por causa da inclusão de 70 novas coberturas médicas e odontológicas estabelecidas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que entram em vigor em 7 de junho deste ano.

De acordo com a diretora executiva da Federação Nacional de Saúde Suplementar (Fenasaude), Solange Mendes, o consumidor deve sentir o impacto somente no próximo ano, porque o reajuste, que será anunciado em maio, refletirá apenas os custos referentes a 2009.

“Toda inclusão de procedimento terá impacto nos custos dos planos. Não podemos mensurar agora, mas, com certeza, vai ter impacto”, disse Solange. A Fenasaude representa os principais grupos de plano de saúde do país, responsáveis por 32% do mercado.

Mais cedo, o presidente em exercício da ANS, Alfredo Cardoso, descartou que os novos procedimentos pressionem o reajuste que será anunciado em maio, já que o novo rol entra em vigor apenas a partir de junho.

Apesar de não citar percentual, a diretora afirmou que algumas empresas estimam alta de até 40% nos planos odontológicos, que passarão a cobrir, por exemplo, a colocação de coroa e bloco dentário.

Solange explicou que alguns dos novos procedimentos têm custo alto, como o transplante de medula óssea alogênico (de um doador para outra pessoa) para o tratamento de leucemia, que custa cerca de R$ 80 mil. Atualmente, os planos são obrigados a cobrir apenas os transplantes autólogos (feito da pessoa para a mesma pessoa), além dos transplantes de rim e de córnea com doações de terceiros.

O valor do implante de marcapasso multissítio, outro novo procedimento, gira em torno de R$ 90 mil, conforme a diretora.

Ela garantiu que, a partir de junho, todos os planos de saúde estarão preparados para oferecer os 70 serviços. A nova cobertura amplia o atendimento para quem tem plano de saúde desde 2 de janeiro de 1999, o equivalente a 44 milhões de beneficiários, de acordo com a ANS. Para os planos anteriores a essa data, vale os serviços previstos em contrato.