Saúde

Gestão dos novos hospitais públicos deve ser diferente em cada unidade
23-01-2007 18:15


O modelo de gestão dos 24 hospitais públicos que o governo do Paraná está construindo, reformando ou ampliado deverá variar de unidade para a unidade. A proposta foi feita pela secretária da Administração e da Previdência, Maria Marta Lunardon, durante a reunião semanal da Escola de Governo, nesta terça-feira (23), no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba. “O projeto, o programa governamental para os hospitais será um só, porém com modelos específicos para cada uma das unidades”, afirmou a secretária.

Maria Marta argumentou que os 24 hospitais têm tamanhos completamente diferentes um dos outros. Além disso, prestarão serviços em especialidades distintas e estão situados em municípios com características e indicadores econômicos e sociais que variam de localidade para localidade. “A vocação da região e da população à qual o hospital atenderá; o porte, o grau de complexidade e especialização dos serviços que vai oferecer; a necessidade infra-estrutura, específica para cada unidade; tudo isso deve ser considerado quando da definição da opção de modelagem organizacional que teremos para nossos hospitais”, explicou.

Ponto de partida - A secretária chegou a apresentar um organograma como ponto de partida para os modelos a serem definidos. Propôs, também, a realização de seminários, envolvendo técnicos do Estado, gestores de hospitais e especialistas na área para se estabelecer um planejamento de criação, execução e implementação dos modelos a serem definidos. Maria Marta reiterou, todavia, que quaisquer que sejam as opções, elas deverão se sustentar na premissa de que o “núcleo ou cúpula” da gestão, das tomadas de decisões, em cada unidade, deverá estar nas mãos do poder público.

“Não se pode retirar do Estado a capacidade de responder aos controles sociais, às necessidades públicas. E só tem responsabilidade quem tem capacidade, competência ‘jurídico-administrativa’. Portanto, o Estado deve estar dotado dessa capacidade, dessa competência para decidir e para agir”, ressaltou a secretária da Administração. “Tem que estar muito claro qual o limite entre a gestão privada e a gestão pública. Esse limite não pode ser tênue, tem que ser firme.”

Discussões - Conforme salientou a secretária, ainda não existem, em esfera nacional, modelos de gestão de hospitais públicos prontos, acabados – ainda há muita discussão e falta de certeza absoluta em torno de quais são as opções mais apropriadas. Manutenção de toda a infra-estrutura na mão do poder público; transformação da unidade em organização social (OS) ou organização da sociedade civil de interesse público (Oscips); e o nível de contratação (ou terceirização) dos serviços são alguns dos pontos sobre os quais especialistas em saúde e administradores e gestores debatem para se obter segurança quanto ao modelo que garanta eficiência dos serviços prestados e não represente desperdício de dinheiro público.

“Não há uma unidade de pensamento, por isso poderemos ter um seminário, uma oficina, não apenas para discutir os problemas, como para aproveitar a experiência e o conhecimento já existentes, e prepararmos um projeto, um programa de gestão dos nossos hospitais públicos”, reforçou Maria Marta.

Agência Estadual de Notícias
Foto:Theo Marques/SECS
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