Saúde

Governo recomenda à população cuidados com surtos de meningite
22-04-2006 16:56

Com as variações de temperatura os casos de meningite estão mais propícios a ocorrer. Por esse motivo, a Secretaria da Saúde alerta sobre os perigos da doença. Não é devido às baixas de temperaturas que a doença tem contágio facilitado, mas sim porque nessa época as pessoas tendem a se aglomerar e se manter em ambientes fechados.

Uma das medidas a ser tomada para prevenir a doença é arejando os ambientes, principalmente freqüentados por crianças e também o grupo de maior risco, idade em que ocorrem a maioria dos casos. “A Secretaria da Saúde mantém uma vigilância constante sobre a doença para evitar complicações e surtos. Mas para que a doença não atinja as pessoas só existe uma maneira, que é a prevenção e os cuidados que toda família deve ter”, explica o secretário da Saúde, Cláudio Xavier.

Segundo a coordenadora da Divisão de Doenças Imunopreveníveis da Secretaria, Nilce Haida, a meningite é uma inflamação das membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal, e é uma doença que ocorre durante todo o ano. A infecção é causada por diversos agentes como bactérias, vírus, fungos e protozoários.

“Os principais sintomas são: febre alta, forte dor de cabeça, vômitos e dificuldade de movimentar o pescoço. Nos bebês e crianças de baixa faixa etária, o sintoma principal é a recusa de mamadas ou alimentos e a presença de irritabilidade. É preciso estar atento à presença de manchas arroxeadas e pontos vermelhos na pele”, lembra Nilce.

Os pais devem estar atentos aos sintomas e aos primeiros sinas devem procurar o serviço de saúde mais próximo para confirmar o diagnóstico. Todos os casos de suspeita de meningite são notificados e investigados no intuito de detecção precoce de meningites na forma de meningite meningocócica. Essa bactéria é importante pela capacidade de transmissão que ela possui. O diagnóstico dos soropositivos será disponibilizado pelo Laboratório Central do Estado (Lacen), referência para todo o Estado. “O mecanismo de transmissão ocorre ao tossir e espirrar”, afirma Nilce. Surtos e epidemias mais freqüentes ocorrem com os sorogrupos A e C. Desde 1994, o tipo predominante no Paraná tem sido o B.

Não existem vacinas de rotina disponíveis nos postos de saúde para as meningites meningocócicas. Para todo caso confirmado de meningite meningocócica a instituição indica a quimioprofilaxia aos comunicantes que têm como objetivo erradicar o estado de portador. O quimioprofilático é dispensado e monitorado pelas equipes da Vigilância Epidemiológica em todos os municípios do Estado. “Frente aos sinais e sintomas, não faá automedicação e procure o serviço de saúde mais próximo, pois a precocidade do diagnóstico e do tratamento são de grande importância para se chegar a cura e evitar a manifestação de complicações pela doença”, explica Nilce.
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