Saúde

Governo vai ampliar em 89% a quantidade de UTIs neonatais
18-01-2010 17:34

O Governo do Estado ampliou em 60% o número de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) neonatal na rede pública de saúde e elevará esse índice a 89%. São 270 UTIs neonatais, distribuídas por todas as regiões, contra 169 disponíveis, em 2002. Com os leitos que estão previstos para entrar em funcionamento no primeiro semestre, o número chegará a 320.

As novas UTIs neonatais estão no Hospital Infantil Regional Waldemar Monastier, em Campo Largo (20 leitos); no Hospital Regional Walter Pecoits, em Francisco Beltrão (10 leitos); no Hospital Regional de Ponta Grossa (10 leitos); e no Hospital Regional do Litoral, em Paranaguá (10 leitos).

“O aumento expressivo no número de leitos de UTI em regiões que antes não eram referência para o tratamento de recém-nascidos representa a escolha do Estado pela regionalização da saúde. Com esta política, possibilitamos o tratamento médico gratuito para paranaenses sem que eles necessitem deixar suas regiões de moradia”, explica o secretário da Saúde, Gilberto Martin.

Das 320 unidades para tratamento de recém-nascidos, credenciados ao Sistema Único de Saúde (SUS), 38 leitos são contratados de hospitais particulares e filantrópicos e mantidos diretamente pela Secretaria Estadual da Saúde, com recursos do Governo do Estado.

De acordo com o superintendente de Gestão de Sistema em Saúde, da Secretaria, Irvando Carula, “recém-nascidos são encaminhados a UTIs neonatais nos casos em que precisam ser monitorados continuamente”, como em nascimentos prematuros, infecções graves ou risco de morte. A despesa diária de uma UTI neonatal é, em média, R$ 478, sem contar os custos com internação.

MORTALIDADE – Nos últimos anos, o Paraná registrou queda nos índices de mortalidade materna e infantil. Outras ações preventivas estão sendo realizadas, para que o menor número de nascidos seja prematuro e necessite passar por uma UTI neonatal.

O índice de mortalidade infantil de 2009, de acordo com dados preliminares, foi de 11,7 para cada mil nascidos vivos, cerca de 30% menor que em 2002, quando o número era de 16,7. O coeficiente de mortalidade materna, também de acordo com dados preliminares, de 2009 foi de 37,8 para cada 100 mil nascidos vivos, 34% menor que o de 2002, que era de 57,6.

A redução se deve principalmente às ações, como o aumento da cobertura vacinal entre as crianças; o incentivo ao aleitamento materno; saneamento básico; implantação do Programa Leite das Crianças; fortalecimento da atenção básica e do pré-natal; estímulo à implantação a banco de leite humano; e aumento de equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF) em mais de 60% no estado.

CLÍNICAS – Para fortalecer a atenção básica e o atendimento às gestantes durante o pré-natal e a regionalização do atendimento médico, até o final de 2010, o Governo do Estado implantará 347 clínicas da Mulher e da Criança. As unidades são fruto de uma ação do Governo do Paraná e conta com parceria das prefeituras.

O Estado é responsável pela construção, compra de equipamentos e auxílio de R$ 8 mil mensais para cada unidade em funcionamento e as prefeituras garantem o terreno para instalação das clínicas e paga a manutenção e a contratação de profissionais da unidade. Ao todo, 69 já estão concluídas e 77 estão em construção.

Como não será porta de entrada de atendimentos, as equipes de Estratégia de Saúde da Família serão responsáveis por encaminhar as mulheres às clínicas para o acompanhamento médico.

PROGRAMA – Com o programa Nascer no Paraná: Direito à Vida, a Secretaria da Saúde avançou em seu compromisso, com a redução da mortalidade materna e infantil propondo novos passos e mobilização social em torno dessa prioridade.

Grande parte dos municípios do Estado já cumpriu o primeiro passo do programa: a implantação de Comitês Municipais de Mobilização pela Redução da Mortalidade Materna e Infantil. Estes comitês compostos por representantes de órgãos públicos e sociedade civil municipal serão responsáveis por investigar as causas de mortalidade materna e infantil.

Os seis passos do programa:

1- Implantação de Comitês Municipais de Mobilização pela Redução da Mortalidade Materna e Infantil;

2- Criação de sistema de busca ativa e cadastramento das gestantes e postos de saúde que fazem pré-natal;

3- Garantia de pré-natal a todas as gestantes cadastradas;

4- Garantia de maternidade de referência para cada parto;

5- Implantação da chamada vigilância para o acompanhamento do recém-nascido em situação de risco;

6- Garantia de acompanhamento da criança no primeiro ano de vida, com vacinação e cuidados para um desenvolvimento saudável;



Agência Estadual de Notícias
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