Saúde

Governo vai desenvolver campanhas informativas no combate à hepatite
05-12-2008 10:14

Terminou nesta quarta-feira (3), em Curitiba, encontro com representantes da área da saúde do todo o Paraná para elaborar novos planos no atendimento de pacientes com hepatites. Técnicos das Regionais de Saúde, do Laboratório Central do Estado (Lacen), do Cemepar, e da Divisão de Controle de Doenças Endêmicas da Secretaria de Saúde estiveram presentes no evento, que ocorreu na sede da Secretaria da Saúde.

De acordo como coordenador do Programa de Combate à Hepatite da Secretaria da Saúde, Renato Antônio Teixeira Lopes, para o ano de 2009 estão sendo planejadas ações de prevenção da doença, com campanhas informativas e para os profissionais da área, treinamentos e capacitações.

Dados preliminares da Secretaria mostram que em 2008 foram detectados 1.022 casos de hepatites virais crônicas no Paraná, enquanto que no ano anterior esse número chegou a 1.855. Já nos casos de hepatites virais agudas, em 2008 foram detectados 774 casos e 1.591 em 2007.

O coordenador explica que a doença pode ser desenvolvida na forma crônica, quando não são manifestados sintomas ou na forma aguda, quando o paciente apresenta os sintomas. “A primeira pode ser tratada com a utilização de medicamentos que são distribuídos gratuitamente pelo SUS. Já na forma aguda, não é necessário, uma vez que o repouso, e cuidados, com a alimentação e a não ingestão de bebidas alcoólicas são suficientes para tratar a doença”.

Os casos mais comuns de Hepatite no Paraná são os tipos A, B, e C. Nos casos de hepatite A, as principais vítimas são as crianças. A contaminação pode ocorrer pelo comprometimento de saneamento básico, falta de higiene, contaminação de alimentos, águas, entre outros. Como apresenta sintomas, não se enquadra como hepatite crônica. O paciente pode sentir dores de cabeça, mal-estar, febre, falta de apetite, cansaço, vômitos e icterícia (pele e olhos amarelados).

Já os outros dois tipos de Hepatite, B e C, o foco são os adolescentes e adultos, uma vez que podem ser contraídos a partir do compartilhamento de materiais de higiene, como escovas de dente, alicates de unha, tatuagens e piercings com materiais contaminados, compartilhamento de seringas infectadas, contato sexual, entre outros. Ainda existem os tipos de hepatite D, comum na região da Amazônia, e hepatite E, nos países asiáticos.

MEDIDAS DE CONTROLE – Nos casos de Hepatite B, a vacinação é a medida mais segura para prevenção. No Brasil a vacina é indicada para toda a população menor de 20 anos e para pessoas de grupos populacionais com maior vulnerabilidade para a doença. A vacinação é feita em três doses, com um intervalo de um mês entre a primeira e a segunda e seis meses entre a primeira e a terceira. Para a Hepatite C não existem vacinas.

HUMANIZAÇÃO – São José dos Pinhais destaca-se como um bom exemplo na área de humanização a pacientes com hepatite. De acordo com o coordenador do departamento, João Rodrigues Neto, no município o procedimento de distribuição de medicamentos injetável para hepatite C foi alterado. Agora, os pacientes passam por um processo de acolhimento feito, uma vez por semana, por profissionais de enfermagem. Na unidade de saúde, recebem o medicamento injetável.

“Essa mudança possibilitou maior adesão por parte dos pacientes, muitos desistiam do tratamento devido aos efeitos colaterais. Ao tomar o medicamento na unidade de saúde, a equipe ameniza esses efeitos com atendimento individualizado”, explica.

Outra medida adotada em São José dos Pinhais é o exame de carga viral em um período de tempo menor do que o recomendado. Ao invés de iniciar o exame de carga viral na 12ª semana de medicação, iniciamos na 4ª semana. Isso auxilia no acompanhamento da evolução do tratamento da doença “, destaca.

Agência Estadual de Notícias
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