Saúde

Grupo de voluntários trata doenças com alegria
04-02-2007 02:19

Érica Santana
Repórter da Agência Brasil
Foto: Elza Fiúza/ABr

Brasília - Dar uma injeção de ânimo nas pessoas que se encontram hospitalizadas. É com esse objetivo que todas as quintas-feiras pela manhã, o grupo Bula do Riso, formado por cinco voluntários caracterizados de palhaços, alterna visitas ao Hospital Universitário de Brasília (HUB) e ao Hospital de Base.

A proposta do grupo, formado em 2 de abril de 2002, é fazer do riso o melhor remédio para os doentes que se encontram na quimioterapia, nos ambulatórios, na hemodiálise, na pediatria e na emergência desses dois hospitais.

De acordo com o coordenador do grupo, Cláudio Ricardo Chaves, ou doutor Jurubeba Sabiá, a idéia é “desconstruir o clima pesado” dos hospitais. “A gente chega e faz o que nós chamamos de intervenção. A gente vai fazendo a interação com cada paciente, mas isso na medida deles mesmo”, explica.

Segundo Chaves, é fundamental estar atento ao estado psicológico de cada paciente. “Em geral a receptividade é boa porque a gente chega conversando. Cada um está no seu momento, com um sistema imunológico especifico, então tem gente que não quer mesmo nenhuma conversa”.

O coordenador diz que a inspiração para atuar como clown (palhaço em inglês) surgiu depois que ele assistiu ao filme Patch Adams, o amor é contagioso. O longa conta a história de um estudante de medicina que é expulso da faculdade por tratar os pacientes com mais proximidade e atenção do que o convencional. “Depois de ter assistido ao filme foi que eu me interessei por essa questão do palhaço no hospital. Eu nunca imaginaria que isso poderia acontecer, porque na verdade é uma estratégia muito boa de terapia ocupacional”, declara Cláudio Chaves, estudante de gestão ambiental.

Segundo Chaves, o palhaço que freqüenta o hospital é um tipo mais quieto, menos expansivo do que aquele que atua nos picadeiros e palcos. “O clown é realmente a figura perfeita para um ambiente hospitalar, porque é um palhaço tranqüilo, mais introspectivo”, diz. Para ele, essa diferenciação é importante porque muitas pessoas “têm a impressão de que o palhaço é aquela figura desestruturada, que sai batendo e pulando encima das pessoas. E não é”, garante.
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