Saúde

Índice de mortalidade infantil apresenta queda de 42% no Paraná
02-12-2008 10:17

O Paraná apresentou nos últimos anos queda de 42,41% no índice de mortalidade infantil, de acordo com pesquisa divulgada nesta segunda-feira (1º) pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, que aponta também o aumento de expectativa de vida e uma redução significativa na morte prematura de jovens do sexo masculino por causas violentas. Em 1991, o índice de óbitos de menores de um ano a cada mil nascidos vivos era de 32,30. Agora este índice chega a 18,60 no Paraná, ante 24,32 da médica nacional. O Estado saltou da oitava para a sexta colocação entre os Estados.

Os números da Secretaria de Estado da Saúde apontam para um quadro ainda mais positivo. O índice preliminar de mortalidade infantil no Paraná, em 2006, é de 13,75 por mil nascidos vivos. A diferença dos números deve-se ao fato de o IBGE levar em conta a expectativa populacional, enquanto que a Secretaria de Saúde, a exemplo do Ministério da Saúde, considera os nascidos vivos.

O Brasil, como signatário da Cúpula do Milênio, tem como meta alcançar, até 2015, uma taxa de mortalidade infantil próxima a 15%, embora a projeção feita pelo IBGE aponta para 18,20%. Os resultados do Censo Demográfico de 2010 oferecerão subsídios mais precisos para uma melhor avaliação das possibilidades de o Brasil atingir esta meta contida nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.

O Governo do Paraná adotou a redução da mortalidade infantil como uma de suas prioridades. Para tanto, implantou uma série de programas e iniciativas para garantir a queda nos óbitos infantis. A principal delas é a construção de 300 Centros de Saúde da Mulher e da Criança, espalhados por todo o Estado. Até o momento 64 já foram construídos nos municípios com índices mais preocupantes com relação à mortalidade infantil e outros 45 já estão sendo provisionados. Até o final de 2010 a expectativa é que as unidades já estejam implantadas.

A Secretaria da Saúde trabalha em diversas outras frentes, como o fortalecimento da atenção básica e do pré-natal, sobretudo com o incentivo financeiro para que os municípios implantem mais equipes do Programa Saúde da Família. O Paraná é um dos estados pioneiros do Brasil que repassa recursos do fundo estadual de saúde com esta finalidade.

Outros programas também contribuem para a queda, como o “Ser Mulher” e uma parceria com a Unicef para a impressão de uma cartilha, que é distribuída para Unidades Básicas de Saúde, Instituições de Ensino e equipes do PSF. Ao todo 6.600 unidades foram produzidas e distribuídas com orientação para sua utilização com os mais diversos tipos de pacientes.

Paralelamente a isto, a estrutura de atenção hospitalar também é melhorada. Ao todo, 44 hospitais foram equipados para o atendimento de gestantes de risco. Em 2002 eram apenas 12 unidades. O Governo do Estado também está investindo, em parceria com os Consórcios Intermunicipais de Saúde, nos ambulatórios de referência para gestantes.

O incentivo ao aleitamento materno é outra ação em que o Governo do Estado tem investido fortemente em conjunto com os municípios. Desde o trabalho sobre a importância do aleitamento exclusivo nos primeiros seis meses de vida até a implantação de pelo menos um banco de leite humano em cada uma das 22 Regionais de Saúde. Outro ponto destacado é a intervenção nos casos de eclampsia (resultado de hipertensão da gestante), que vem ocorrendo com o fornecimento de um “kit eclampsia” aos hospitais.

Outro fator que auxiliou na queda no índice de mortalidade infantil foi à ampliação em 50% das Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) neonatais e sua melhor distribuição geográfica no Estado. Também há a previsão para 40 novos leitos já homologados em registro de preço pelo Governador.


Agência Estadual de Notícias
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