Instituições trabalham em conjunto para contenção do surto de micobactéria
12-08-2008 11:12
Representantes da Secretaria de Saúde reuniram-se nesta segunda-feira (11) à tarde juntamente com técnicos da Secretaria de Saúde de Curitiba e do Curso de Epidemiologia de Campo do Ministério da Saúde (EPI-SUS) para apresentar o relatório final da investigação do surto de infecção hospitalar por Micobactérias de Crescimento Rápido.
O encontro faz parte dos procedimentos que vêm sendo adotados na busca pela melhor forma de controle da infecção que se dá em âmbito nacional.
“A parceria realizada entre a Secretaria, o Ministério e os municípios é a chave para o avanço do trabalho no combate dessa infecção”, afirma o secretário Gilberto Martin.
“O encontro foi uma oportunidade de conscientizar a equipe diante do desafio que nos está proposto e de como é importante estarmos unidos neste propósito”, completa José Lúcio Santos, superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria.
No Estado, para contensão do MCR, ocasionada por procedimentos de videocirurgia e cirurgias plásticas, várias medidas foram tomadas. Gilberto Martin, assinou, em janeiro deste ano, uma resolução que torna mais rígida as formas de esterilização e reprocessamento de materiais cirúrgicos. Outra medida adotada incluída na resolução foi a busca de casos suspeitos de micobacteriose em todos os pacientes que realizaram videocirugia no Estado. Além disso, foram enviadas a todas Regionais de Saúde (RS) um roteiro de inspeção sanitária para subsidiar a Vigilância Sanitária (VISA) estadual e municipal na fiscalização de equipamentos utilizados em procedimentos cirúrgicos.
“A Vigilância Sanitária está comprometida em inspecionar e fiscalizar os serviços de saúde e divulgar as informações para os profissionais da área e comissões de controle de infecção hospitalar (CCHIs) para que sejam atuantes no cumprimento de protocolos e rotinas de esterilização de materiais”, explica Maria Aída Meda , chefe da Vigilância Sanitária da Sesa
Para divulgar a gravidade do problema aos serviços de saúde foram realizadas diversas atividades como: reuniões com entidades de classes para discussão de medidas preventivas, orientações através de webconferência sobre controle de infecção (limpeza e esterilização nos equipamentos médico hospitalares) e efetuada uma mobilização especial e urgente das autoridades sanitárias a respeito do assunto.
“O Paraná tem sido atuante no combate à bactéria. Desde 2007 vêm publicando normas e orientando sobre a necessidade de adoção desses procedimentos a fim de cumprir com esse objetivo”, completa Martin.
Até o momento, o Estado confirmou 110 casos de MRC, todos em pacientes com procedimentos realizados através de convênios ou particulares. Destes, 104 são de Curitiba e os outros seis estão localizados no interior do Estado. Entre os sintomas da micobacteriose estão a dificuldade de cicatrização e o surgimento de nódulos e secreção no local da cirurgia. O tempo para que ela se manifeste é bastante variável, podendo aparecer entre duas semanas até um ano.
Na intenção de manter o controle do surto nacional, a Anvisa apresentou na sexta-feira (8) uma nota técnica que contém todos os procedimentos já efetuados, bem como os próximos passos a serem tomados pelos estados visando conter a doença.Uma das orientações aos serviços de saúde trata da esterilização de artigos críticos com outros métodos disponíveis em substituição da substância química anteriormente utilizada.
Agência Estadual de Notícias