Médicos do Paraná participam da Operação Sorriso em Alagoas
20-10-2008 19:55
Entre 50 a 60 pacientes com má-formação na fase serão beneficados.Foto:Operação Sorriso Brasil
Seis profissionais do Centro de Atendimento Integral ao Fissurado Lábio-Palatal (Caif) participarão no período de 21 a 27 de outubro da Operação Sorriso, em Maceió (AL). A equipe integrará todo o processo de atendimento – da triagem de pacientes a cirurgias.
“É importante essa participação do Paraná, uma vez que a experiência que temos – de 16 anos nessa especialidade – pode contribuir de forma positiva para a recuperação dos pacientes. Além disso, esses desafios possibilitam o amadurecimento profissional em saúde pública”, comenta o secretário da Saúde, Gilberto Martin.
O diretor nacional de programas da Operação Sorriso Brasil, Clóvis de Aguiar Brito Filho, disse que a expectativa é atender entre 50 a 60 pacientes. Para isso, serão envolvidos aproximadamente 45 profissionais voluntários. Ainda de acordo com ele, os procedimentos clínicos/cirúrgicos serão realizados na Santa Casa de Misericórdia de Maceió e não terá custo aos pacientes.
CAIF – Os profissionais do Caif iniciaram atendimento voluntário na Operação Sorriso – também chamadas “missões” – em 1999, em Cuiabá (MT). A primeira operação internacional, da qual participaram, ocorreu em 2000, na China. Até o momento, o CAIF esteve presente em mais de 15 missões nacionais e 11 internacionais.
“Apesar de trabalharmos diariamente com o atendimento desse tipo de público, nas missões conseguimos um contato mais intenso. A proximidade com o paciente e sua família é muito grande. Isso nos coloca numa condição de extremo respeito pela dor que essas pessoas passam. Como profissional essa sensação é muito gratificante”, destaca a psicóloga Denise Souza, que participará pela décima vez da Operação Sorriso.
Por mês, 137 crianças são submetidas a cirurgias no CAIF. Os procedimentos são realizados no centro cirúrgico do Hospital do Trabalhador. O processo de reabilitação de um fissurado acontece em longo prazo. O ideal é inicia-lo na infância. A conclusão do tratamento ocorre na fase adulta, quando o processo de crescimento já está estável. Atualmente, quase 7 mil pacientes são acompanhados pelo CAIF.
FISSURA – De origem genética, a fissura lábio-palatal acarreta conseqüências estéticas e funcionais que resultam em dificuldades para se alimentar, alterações na fala e na voz ou problemas na articulação dentária.
Para tratamento é necessário o encaminhamento, via unidade de saúde, para centros especializados. O paciente passa por uma bateria de avaliações que envolvem profissionais como: fonoaudiólogos, médicos, psicólogos, entre outros.
Agência Estadual de Notícias