Saúde

Medidas simples podem ajudar na prevenção contra infecções hospitalares
24-01-2009 12:55

O caso da modelo Marina Bridi, 20 anos, que teve as mãos e pés amputados, trouxe novamente à tona a discussão sobre Septicemia (infecção generalizada ) e das infecções hospitalares. Com o objetivo de prevenir e controlar a ocorrência de resistência microbiana nos hospitais do Paraná, a Secretaria da Saúde instituiu em 2008 o grupo técnico-científico para coordenar e executar o Programa Estadual de Monitoramento e Prevenção da Resistência Microbiana em Serviços de Saúde e mantém há muitos anos a Comissão Estadual de Controle de Infecção em Serviços de Saúde.

A coordenadora da Vigilância Sanitária Estadual e Especialista em Controle de Infecção Hospitalar, Suely Vidigal, em entrevista à Rádio Saúde falou sobre o uso indiscriminado de medicamentos. De acordo com ela, este tipo de atitude pode trazer a resistência do organismo a antibióticos, mesmo sem internação. Suely, além de alertar sobre a importância do uso correto dos medicamentos, - sempre com receita médica e sem interrupções, ressaltou a necessidade de toda instituição ter padronização de antibióticos, com conhecimento do perfil de sensibilidade e resistência dos patógenos (microorganismos causadores das doenças) de sua unidade, para garantir medidas de prevenção e controle.

Suely falou ainda que “no caso das pseudomonas aeruginosa que provocou o choque séptico na modelo trata-se de um bacilo que sobrevive em água e outros ambientes, deve ser tratado como um problema de saúde pública, pois a seleção de flora está diretamente relacionado ao uso indiscriminado de antimicrobianos(antibióticos)”.

Apesar dos altos gastos com diagnósticos há uma grande evolução nas medidas para combater as infecções hospitalares. Procedimentos simples como lavar as mãos, isolamento de doenças transmissíveis e medidas específicas para cada sítio de infecção ajudam a evitar a contaminação nos ambientes hospitalares. Para quem vai dar entrada em uma unidade hospitalar procurar saber se estabelecimentos mantém Serviços de Controle de Infecção Hospitalar.

Com o objetivo de controlar as infecções hospitalares, a SESA mantém hoje um programa estadual onde os estabelecimentos de saúde têm que notificar mensalmente as infecções ocorridas. De novembro de 2007 a abril de 2008, a taxa global de infecção hospitalar foi de 0.9% e a taxa de infecção cirúrgica foi de 0.01%. Como o sistema está em processo de implantação, estes índices servirão de base para futuras comparações. Caso haja suspeita de infecção hospitalar, qualquer cidadão pode fazer uma denúncia nos serviços de Vigilância Sanitária do seu respectivo município.

AEN
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