Saúde

No Dia Mundial da Raiva, a Secretaria da Saúde reforça os cuidados para evitar a doença
28-09-2009 18:30

Celebrado nesta segunda-feira (28), o Dia Mundial da Raiva, alerta sobre o perigo da raiva humana e animal, assim como reforça as medidas que podem ser adotadas para prevenção e controle desta doença que é transmitida pela inoculação do vírus rábico, principalmente por meio de mordida, arranhão ou contato com a saliva de mamíferos infectados.

Recentemente foi divulgado pela mídia nacional o primeiro caso de cura da raiva no Brasil e o terceiro no mundo. Com uma taxa de letalidade próxima de 100% a raiva é uma doença que pode ser prevenida, seja por meio da aplicação de vacina, soro ou imunoglobulina anti-rábica.

A Secretaria de Saúde tem uma parceria com a Secretaria de Agricultura para acompanhar a evolução da doença em animais. “Semanalmente a Secretaria da Agricultura, notifica à Secretaria da Saúde os casos de raiva ocorridos em animais como cavalos, bois, porcos e ovelhas, e em morcegos de qualquer espécie. Até o mês de agosto de 2009, foram confirmados 131 casos no Estado”, afirma a responsável pela Divisão de Zoonoses da Secretaria da Saúde, Giselia Rubio.

Ela lembra que o último caso de contaminação por raiva em humanos no Paraná ocorreu em 1987, quando uma criança foi mordida por um morcego ao tentar tirá-lo da boca de um gato. Quanto à raiva canina, o último caso relatado foi em 2005, no município de Foz do Iguaçu.

Uma das principais medidas de controle da raiva canina adotada no Brasil é a vacinação de cães e gatos. No Paraná, a Secretaria Estadual da Saúde realiza campanhas de vacinação nos municípios das Regionais de Saúde de Foz do Iguaçu e Toledo, como medida de prevenção, visto que o último foco de raiva canina foi importado do Paraguai.

Também são vacinados cães e gatos em propriedades vizinhas a locais onde foi notificado caso de raiva em animais de produção. Na área urbana, todo caso positivo em morcegos, geralmente não hematófagos, é tratado como foco, realizando-se a vacinação dos animais domésticos, que podem entrar em contato com estes morcegos infectados.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, estima-se no mundo a ocorrência de cerca de 55 mil casos ao ano transmitido por cães, principalmente nos continentes asiático e africano. Conforme o Plano de Eliminação da Raiva Urbana nas Américas até o ano de 2009, acordado com a Organização Pan-Americana de Saúde, o Brasil vem conseguindo reduzir o número de casos humanos transmitidos por cães e gatos. Todavia, nos anos de 2004 e 2005 ocorreu um aumento no número de casos humanos (64) notificados devido a surtos de raiva transmitidos por morcegos hematófagos no Pará e Maranhão.

Em 2008, ocorreram dois casos de raiva, provocada por morcegos (Pernambuco e Goiás) e um por macaco (Ceará). Neste ano, até o momento foi confirmado um caso transmitido por cão no Maranhão. “Mesmo havendo uma tendência para o controle da raiva canina, o risco de ocorrência de raiva humana, transmitida por outras espécies, principalmente através de animais silvestres, é bastante provável”, afirma Giselia.

O Dia Mundial da Raiva foi criado em 2006 por um grupo de pesquisadores e profissionais que formaram a “Alliance for Rabies Control”. Eles tinham como missão alertar sobre o perigo da raiva humana e animal, assim como as medidas que podem ser adotadas para prevenção e controle.


1- Casos confirmados de raiva no Paraná:

PARANÁ CANINA FELINA BOVINA EQUINA MORCEGO HEMATÓFAGO MORCEGO NÃO HEMATÓFAGO SILVESTRE MACACO OUTROS TOTAL
2007 0 0 195 22 7 15 0 0 2 241
2008 0 0 88 17 4 14 0 0 4 127
2009* 0 0 102 19 0 6 0 0 4 131

Fonte: Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento e Secretaria Estadual da Saúde. * DADOS ATÉ 23/09/09

2 - Veja como prevenir a raiva:

· Ao ser atacado por animais, deve-se lavar imediatamente a ferida com água e sabão em abundância e imediatamente procurar assistência médica, pois somente o profissional de saúde poderá realizar avaliação do paciente, e se necessário indicar o tratamento profilático anti-rábico humano;

· Ao ser mordido por animais silvestres como morcegos, macacos, sagüis e raposas, mesmo que sejam ferimentos pequenos, o tratamento profilático anti-rábico humano é imprescindível e deve ser buscado o mais rápido possível;

· Evite a criação de animais silvestres em domicílio;

· Estimule a guarda responsável, ou seja, não deixar cães e gatos soltos nas ruas; passear com seu cão sempre com uso de coleira e guia; cuidar bem de seu animal, consultando o médico veterinário e aplicando as vacinas recomendadas; optar pela castração, caso não queira se responsabilizar pelos filhotes;

· Chame um técnico da Vigilância Sanitária do município ou Centro de Controle de Zoonoses para coletar o morcego que entrou na residência ou esteja caído no chão. Nunca pegue neste animal com as mãos desprotegidas, pois devido ao hábito dos morcegos se lamberem, eles podem ter vírus em seu pelo. Coloque um pano ou um balde sobre o morcego até o técnico chegar.


Agência Estadual de Notícias
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