Saúde

Paraná cria comitê para atender pacientes com micobacteriose
08-12-2008 17:39

A Secretaria de Saúde institui (Resolução 560/2008) o “Comitê Técnico Assessor em Infecções por Micobactérias Não-Tuberculosas de Crescimento Rápido/ MNTCR” para assessoria, consultoria e apoio técnico-científico às decisões que envolvem a adoção de normas e procedimentos que envolvem a assistência a pacientes portadores dessas infecções.

“Vinculado à Superintendência em Vigilância em Saúde, o recém-criado Comitê (12/11) é mais uma iniciativa da Secretaria da Saúde que visa normalizar a assistência à saúde dos pacientes portadores de infecção por MNTCR”, explica Newton Parreira Duarte – médico da Divisão de Doenças Emergentes e Reemergentes da Secretaria e responsável pelos treinamentos realizados nas Regionais de Saúde do Paraná, para médicos e demais profissionais da área de Saúde.

Segundo o diretor do Laboratório Central do Estado (Lacen-PR), Marcelo Pilonetto, este Comitê será importante na confirmação do diagnóstico laboratorial das micobacterioses. A participação do laboratório paranaense neste processo também permitirá a divulgação dos métodos diagnósticos de micobacterioses que já vêm sendo realizados no Estado, além de levar informações atualizadas aos profissionais de saúde e às instituições de ensino, viabilizando a identificação dos agentes causadores da infecção, o que sem dúvida, permitirá a adoção de terapêuticas adequadas e a cura dos pacientes.

COMITÊ – É composto por representantes da Secretaria da Saúde, do Conselho Regional de Medicina do Paraná, da Associação Médica do Paraná, da Sociedade Paranaense de Infectologia/SPI, da Associação Paranaense de Controle de Infecção Hospitalar/APARCIH, do Laboratório Central do Estado/LACEN e Centro de Epidemiologia de Curitiba/Secretaria Municipal da Saúde e dos Hospitais Universitários de Clínicas da UFPR, Cajuru/PUC e Evangélico/Faculdade Evangélica do Paraná/FEPAR.

Micobactéria Não-Tuberculosa de Crescimento Rápido – Microorganismo encontrado no solo e na água. Tem sido responsável por casos de infecção hospitalar em diversos Estados da federação, surto atribuído a falhas técnicas nos processos de limpeza e /ou esterilização de instrumentos cirúrgicos. Os sintomas da infecção — dificuldade de cicatrização, nódulos e secreção no local da cirurgia — manifestam-se de duas semanas até um ano após o procedimento.

Desde dezembro de 2007, o Paraná registrou 161 notificações de infecções pela micobactéria — 137 em Curitiba e 24 no interior. Do total, 113 casos foram confirmados — 104 em Curitiba, cinco em Londrina, dois em Umuarama, um em Maringá, e um na Região Metropolitana de Curitiba.


Agência Estadual de Notícias
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