Saúde

Paraná será o primeiro estado a ter um plano de contenção de poliovírus em laboratórios
03-08-2008 21:43

Lúcia Norcio
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O Paraná terá o primeiro Plano Nacional de Contenção de Poliovírus Selvagem nos Laboratórios. Segundo o Secretário de Saúde do Paraná, Gilberto Martin, com o projeto piloto – que será lançado na terça-feira (5) –, o Ministério da Saúde e o Laboratório Central do Estado (Lacen) terão conhecimento dos laboratórios que manuseiam amostras potencialmente contaminadas ou que contenham o vírus, causador da poliomielite. “Esses locais serão supervisionados e orientados quanto ao descarte ou armazenamento correto deste material”.

O secretário disse que o projeto será implantado a partir de dezembro em todo Brasil, atendendo à resolução do Comitê Executivo da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). Na resolução, o país se compromete a garantir a necessária contenção de materiais contaminados com o poliovírus armazenados em seus laboratórios.

Segundo o diretor-geral do Lacen, Marcelo Piloneto, a Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública (CGLAB) criou um inquérito online na página do Ministério que deverá ser preenchido pelos laboratórios com o propósito de informar às entidades a ocorrência de amostras contaminadas.


O secretário de Saúde considera o momento histórico. De acordo com ele, a erradicação é uma conquista, pois a doença ainda se encontra presente em vários países do mundo. “Precisamos manter essa posição, cumprir o plano de forma eficaz”, enfatizou o secretário.

O último registro de poliomielite na América ocorreu em 1991, no Peru. No Brasil, não há registros desde 1989 e no Paraná desde 1986. O último caso ocorreu em Campo Largo, região metropolitana de Curitiba. A vacinação contra poliomielite ocorre desde 1980.

Desde que foi erradicada, as únicas fontes possíveis de proliferação da poliomielite no Brasil são pela importação originada de países onde a doença ainda existe e dos laboratórios públicos e privados de pesquisa, de diagnóstico clínico, de ensino e de produção de vacinas, que podem reintroduzir acidentalmente o vírus no meio ambiente.


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