Saúde

Paraná terá plano de contenção do vírus da poliomielite em laboratórios
31-07-2008 11:31

O Paraná será o primeiro Estado do Brasil a ter um plano de contenção de poliovírus selvagem, causadora da poliomielite. O objetivo do plano-piloto é que o Ministério da Saúde (MS) e o Laboratório Central do Estado (Lacen) estejam cientes dos laboratórios que contêm amostras com vírus ou potencialmente contaminadas, a fim de supervisionar e orientar esses locais quanto ao descarte ou armazenamento correto deste material.

“Para isso foi desenvolvido pela Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública (CGLAB) um inquérito on-line na página do Ministério que deverá ser preenchido pelos laboratórios com o propósito de informar às entidades sobre as amostras de materiais contaminadas”, explica Marcelo Piloneto, diretor-geral do Lacen.

Segundo o assessor técnico do Ministério da Saúde, Anderson Napoleão Winckler Colatto, o Paraná foi escolhido pelo Ministério para execução do projeto piloto porque possui uma rede de laboratórios de saúde pública muito bem estruturada, boa acessibilidade aos conselhos de classe e principalmente uma rede consolidada de laboratórios registrados no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), que possuem acesso a internet. “Também contou muito o conhecimento da equipe técnica do Laboratório Central de Saúde Pública do Paraná e o domínio das questões de biossegurança”.

Para o secretário de Saúde, Gilberto Martin, estamos vivendo um momento histórico. “A erradicação é uma conquista, já que a doença ainda se encontra presente em vários outros países do mundo. Para mantermos este título precisamos cumprir o plano de forma eficaz, assim como já alcançamos êxito em outros projetos pilotos implantados aqui no estado.”

“O papel da Secretaria de Saúde nesse processo é ajudar na conscientização dos laboratórios do estado na importância do preenchimento do formulário”, complementa José Lúcio dos Santos, superintendente de vigilância em saúde.

De acordo com Anderson, desde que foi erradicada, as únicas fontes do vírus no Brasil são através da importação por países onde a doença ainda existe e os laboratórios público e privados de pesquisa, de diagnóstico clínico, de ensino e de produção de vacinas, que podem reintroduzir acidentalmente o vírus no meio ambiente, causando uma nova epidemia.

O projeto que será implantado a partir de 5 de agosto no Paraná, e a partir de dezembro de 2008 em todo Brasil, atende à resolução do Comitê Executivo da Organização Pan Americana de Saúde (OPAS) de 20 de junho de 2000, segundo a qual o Brasil se comprometeu a garantir a necessária contenção de materiais contaminados com o poliovírus armazenados em laboratórios brasileiros.

De acordo com Anderson, após a identificação dos laboratórios que possuem o vírus, a orientação é que aqueles que desejarem manter essas amostras deverão ser supervisionados pelo Lacen e pelo Ministério e os que quiserem eliminar precisam primeiramente esterilizar estes materiais clínico e depois descartá-los.


Agência Estadual de Notícias
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