Saúde

Paraná teve 17 casos de raiva em bovinos e 3 em equinos neste ano
08-08-2007 15:56

Curitiba - Dos 20 casos de raiva em animais herbívoros registrados neste ano na no sul do Paraná, 17 foram em bovinos e três em eqüinos. Segundo a secretaria da Agricultura, as alterações climáticas, principalmente o aumento da temperatura nos últimos meses, contribuíram para aumentar as colônias de morcegos hematófagos (que se alimentam de sangue), transmissores do vírus da raiva.


Para combater a doença, o secretário estadual da Agricultura, Valter Bianchini, está lançando hoje (8), em União da Vitória, um programa piloto na área de educação em saúde. Segundo o diretor do Departamento de Fiscalização Defesa Agropecuária da Secretaria da Agricultura (Defis), Silmar Bürer, os produtores rurais têm que se conscientizar da importância do controle e da prevenção da raiva.


A maneira encontrada para promover mudanças no comportamento dos moradores foi trabalhar com as crianças da região. “Será realizado um trabalho conjunto com as secretarias da Educação e da Saúde e prefeituras municipais, dirigido a crianças do ensino fundamental de 88 escolas da região. A meta é atingir 18,8 mil alunos e 380 professores de nove municípios”.

As aulas serão teóricas, com suporte pedagógico de jogos multimídia e folhetos educativos com explicações do que é a raiva, formas de transmissão da doença, como ela pode ser identificada e como pode ser evitada.

Segundo a Secretaria da Agricultura, os produtores rurais têm que ter cuidado com o morcego hematófago. Se o animal está contaminado pelo vírus da raiva pode agredir o homem ou os animais herbívoros, mais vulneráveis aos seus ataques. “Na falta de animais, os morcegos atacam o homem, por isso as janelas das casas devem ser mantidas fechadas” orientam os técnicos da secretaria.

O morcego contaminado transmite a raiva pela saliva, quando morde algum animal ou ser humano. No Paraná, os produtores estão sendo orientados a se precaver no manejo de animais herbívoros suspeitos de raiva. Pessoas com suspeita de contato com morcegos contaminados devem ser encaminhadas às unidades da Secretaria da Saúde para avaliação do tratamento anti-rábico.

Lúcia Nórcio
Repórter da Agência Brasil
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