Saúde

Pesquisa avalia leite de cabra na redução de riscos de doenças
10-12-2008 12:25

Pesquisadores da Embrapa Caprinos e Ovinos (Sobral-CE) desenharam uma estratégia para aumentar o teor de ácido linoléico conjugado (CLA) no leite de cabra. As pesquisas mostram que esse ácido graxo, produzido naturalmente por ruminantes, pode ajudar a reduzir os índices de colesterol e glicose no sangue. A iniciativa faz parte do projeto Alimentos Funcionais da Embrapa cuja equipe de pesquisadores estará no Rio de Janeiro até quinta-feira (11).

De acordo com o pesquisador Marco Bomfim, da Embrapa Caprinos e Ovinos, o trabalho começa com a mudança na dieta dos animais. Um grupo de cabras está sendo alimentada com uma ração composta por óleo de soja e forragem verde. Com isso, o leite rico em nutrientes ganha também moléculas com potencial funcional.

A etapa seguinte é comprovar os efeitos funcionais. Pesquisadores em nutrição humana e biomedicina das Universidades Federais de Pernambuco, da Paraíba e da Universidade Estadual do Rio de Janeiro vão submeter camundongos normais e outros com altos índices de colesterol e glicose no sangue a uma dieta com a gordura de leite de cabra enriquecido com CLA. “Os resultados poderão indicar em qual medida o enriquecimento do leite com CLA poderá contribuir para a melhoria da dieta da população”, explicou Bomfim.

Em Sobral (CE), os pesquisadores constataram o ganho de CLA no leite numa estação experimental. Agora, o desempenho será verificado em escala maior graças a parceria com a Caprilat, uma indústria de laticínios de Nova Fribrugo, cidade que fica numa região do Rio Janeiro conhecida pela criação de caprinos e ovinos.

Depois de duas semanas de testes em Nova Friburgo, os pesquisadores coletarão amostras de leite neste final de semana para separação da gordura que entrará na composição de rações experimentais para ratos.

Bomfim integra a equipe do Projeto Alimentos Funcionais da Embrapa que estará reunida no Rio de Janeiro até quinta (11) para discutir o andamento das atividades que envolvem pesquisas com substâncias antioxidantes em frutas, fibras contidas em verduras e legumes e ácidos graxos de sementes, leite e peixes.

Para a pesquisadora Sonia Couri, da Embrapa Agroindústria de Alimentos (Rio de Janeiro-RJ) que divide a liderança do projeto com a pesquisadora Damares Monte, da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília-DF), este encontro é importante para avaliar os avanços do projeto em 2008 e planejar as atividades de 2009.


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