Saúde

Programa nacional de amamentação capacita profissionais de saúde no PR
24-06-2008 11:46

Com apresentação do coral da Santa Casa de Ponta Grossa foi aberta nesta segunda-feira (23) a Rede Amamenta Brasil, em Curitiba. O evento, parceria da Secretaria estadual da Saúde com o Ministério da Saúde, tem como objetivo capacitar profissionais para difundir a importância da amamentação na saúde das crianças.

“É uma idéia fantástica. É preciso fazer o convencimento e engajamento das equipes de saúde para esta questão”, frisou o secretário da Saúde, Gilberto Martin. O projeto Amamenta Brasil já passou por Maceió, Manaus e agora chega a Curitiba, de onde segue para João Pessoa e Brasília. Os eventos são macrorregionais e reúnem representantes de quatro a seis estados. “É como uma rede, os estados são capacitados para repassar para seus municípios que capacitarão os funcionários que trabalham na ponta, diretamente com as mães e gestantes”, explica a idealizadora do projeto, Lylian Araújo, que é docente da Universidade Estadual de Londrina.

A representante do Ministério da Saúde no evento, Elsa Giugliani, afirmou que a iniciativa é excelente, pois atingirá diretamente a saúde da população. “Fazemos isso para as futuras gerações”, ressaltou. De acordo com ela, o aleitamento materno é importante para a redução da mortalidade infantil e para a qualidade de vida do cidadão. “É a primeira vez que há uma política neste sentido no Brasil”, lembrou.

O evento que teve início nesta segunda-feira (23) se estenderá até sexta-feira (27) no hotel Lancaster. Nesta etapa estão sendo capacitados profissionais, além do Paraná, do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro.

ALEITAMENTO - De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o aleitamento materno exclusivo é recomendado até os seis meses e continuado – com o acréscimo de outros alimentos – até os dois anos de idade ou mais.

Dados do Ministério da Saúde apontam que em 1975, no Brasil, a duração média da amamentação era de 2,5 meses. Em um intervalo de 24 anos, essa duração subiu 296% - percentual equivalente há 9,9 meses. Entretanto, de acordo com esse mesmo estudo, em 1999, o Paraná ainda registrava média baixa, de 7,4 meses de aleitamento continuado.

O aleitamento materno associa três elementos fundamentais – alimento, saúde e cuidado. Além das vantagens que conferem à mãe – biológicas, imunológicas e financeiras.

INTEGRAÇÃO – O secretário Gilberto Martin, durante a abertura do evento, ainda ressaltou a integração de ações do Governo do Estado para combater a mortalidade materno-infantil. De acordo com ele, a Secretaria da Saúde desenvolve programas com este objetivo e que já estão sendo integrados com o projeto da rede Amamenta Brasil. Segundo Martin, o Governo do Estado já construiu 63 Centros de Saúde da Mulher e da Criança que serão referências para o atendimento às gestantes, mães e crianças. Destas, quatro já foram capacitadas de acordo com as propostas desta rede. Outras 74 serão construídas e já foram autorizadas pelo Governador e para o próximo ano outras 100 unidades deverão ser licitadas.

Ainda de acordo com o secretário, outros programas como hospitais de referência para ao atendimento de gestação de alto-risco, casas da gestantes e o Programa Ser Mulher contribuem diretamente para a redução dos índices de mortalidade materno-infantil.

AEN
Foto:Venilton Kuchler

POW INTERNET
<

Nenhum item encontrado