Saúde

Projeto Órtese e Prótese atende 1,8 mil pessoas portadoras de deficiência física
05-03-2008 20:11

O Projeto Órtese e Prótese, desenvolvido pela Secretaria da Saúde e Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), já beneficiou 1,8 mil portadores de deficiência física. A expectativa para 2008 é atingir a marca de 10 mil atendimentos. O programa disponibiliza, gratuitamente, meios para auxiliar a locomoção de deficientes físicos, que podem ser adquiridos mediante a apresentação da solicitação médica e documentação.

Em 2007, o governo do Estado repassou R$ 67 mil para o projeto, que realizou 9,6 mil atendimentos, englobando sessões de fisioterapia e psicoterapia, atendimentos médicos e enfermagem. A média mensal de atendimentos foi de 799 e, em quatro anos e meio, foram realizados mais de 27,6 mil atendimentos. A unidade realizou 874 procedimentos, fornecendo 389 órteses (aparelhos ou dispositivos ortopédicos de uso externo), nove próteses e 476 meios auxiliares de locomoção.

De acordo com a coordenadora do projeto, Regiane Trincaus, o principal objetivo do programa é realizar prescrição, avaliação, treinamento, acompanhamento e dispensa de meios auxiliares de locomoção aos portadores de deficiência física. “A meta para este ano é ampliar a oferta para atender mais pacientes, pois a demanda é grande. Além de Guarapuava, outros 19 municípios também serão atendidos”, disse.

“Nós realizamos, além da reabilitação física, uma reabilitação social, pois os traumas dos pacientes são grandes e a sociedade ainda é preconceituosa em relação ao assunto. Com o desenvolver das sessões, muitos pacientes são reinseridos no trabalho ou em algum tipo de atividade. São inúmeros os benefícios. A nossa emoção ao ver a expressão de alegria de um paciente que volta a andar novamente é muito grande”, acrescentou.

Ailton de Oliveira, 40 anos, foi vítima de um acidente de carro há 19 anos, que o impediu de caminhar. Desde 2003 ele participa do programa e conta que sua vida mudou com o atendimento. “Posso dizer que agora sou muito mais independente. Aprendi muito desde que entrei aqui. Hoje sou trabalhador autônomo e participo de um time especial de basquete. Agora tenho meu espaço na sociedade”, afirmou emocionado.

Ronaldo Correa, paciente da unidade há quatro anos, conta que teve paralisia infantil. “Graças às fisioterapias estou começando a me locomover sozinho. Os profissionais que atuam no projeto são atenciosos e a cada ano que passa temos mais recursos e melhor atendimento. É muito emocionante ver outros pacientes que sofrem algum tipo de deficiência, assim como eu, se recuperando e voltando a andar”, afirmou.

O atendimento é realizado desde 2003, por uma equipe multiprofissional e interdisciplinar que atende indivíduos portadores de deficiências físicas dos municípios de Boa Ventura de São Roque, Campina do Simão, Candói, Cantagalo, Foz do Jordão, Goioxim, Guarapuava, Laranjal, Laranjeiras do Sul, Marquinho, Nova Laranjeiras, Palmital, Pinhão, Pitanga, Porto Ribeiro, Prudentópolis, Reserva do Iguaçu, Rio Bonito do Iguaçu, Turvo e Virmond.


AEN
Foto:Marcio Santos.
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