Saúde

Saúde conclui inspeções em indústrias farmacêuticas e farmoquímicas do Paraná
05-01-2009 15:32

A Divisão de Vigilância Sanitária de Produtos da Secretaria de Estado da Saúde (SESA) divulgou balanço das inspeções feitas em 2008, em indústrias farmacêuticas e farmoquímicas instaladas no Paraná. Os resultados das inspeções de rotina ou em caráter emergencial – quando há denúncias de irregularidades -, são somados aos de outros estados brasileiros e dão uma visão geral aos técnicos sobre a qualidade dos serviços e produtos oferecidos por essas empresas. Além disso, tais resultados são fundamentais porque deles depende a certificação das empresas pela ANVISA. O resultado foi enviado ao banco de dados do Ministério da Saúde / Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A prática é mantida desde 1995 quando foi criado o Programa Nacional de Inspeção em Indústrias Farmacêuticas e Farmoquímicas – PNIIFF. Embora o programa não exista mais desde 1999, as inspeções continuaram por todo Brasil e são feitas no mínimo uma vez por ano.

Balanço – No Paraná, cerca de 80% em indústrias farmacêuticas e farmoquímicas têm o apoio da Divisão de Vigilância Sanitária de Produtos da SESA, responsável pela coordenação do trabalho no estado. Quanto às demais empresas, elas são inspecionadas por técnicos treinados dos próprios municípios, como acontece em Curitiba e Londrina.

Segundo a farmacêutica industrial, Jaqueline Justi, da Divisão de Vigilância Sanitária de Produtos, das 40 indústrias inspecionadas no ano passado, 14 estão com suas atividades paralisadas, por não se adequarem à legislação vigente – RDC 210/2003 -, que contempla as Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos. Outras seis empresas estão interditadas, duas solicitaram cancelamento da Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE), uma encerrou suas atividades, duas estão cumprindo exigências e 15 apresentam condições satisfatórias para o funcionamento.

Nos últimos anos foi observada a melhoria na qualidade dos serviços oferecidos pelas empresas resultantes como a capacitação dos profissionais e das adequações dos espaços físicos. “Isso aumenta a credibilidade dos produtos fabricados no Paraná e oferecidos aos mercados nacional e internacional, que o nosso parque industrial abastece”, disse Jaqueline se referindo ao Instituto de Tecnologia do Paraná, responsável por oferecer a proteína monomérica tetânica, usada como insumo para a fabricação da vacina contra Haemophilus influenza tipo B (HIB), pela Fundação Oswaldo Cruz/Fiocruz, do Rio de Janeiro.

Outro exemplo paranaense é o Centro de Produção e Pesquisa de Imunobiológicos que produz para o Ministério da Saúde e todo o Paraná, o soro antiloxoscélico – usado no tratamento de picadas de aranha marrom - e 5% do soro antibotrópico, consumido no Brasil, por pessoas picadas por cobras da espécie jararaca.

“Para se ter uma idéia da importância do nosso parque industrial nas áreas farmacêutica e farmoquímica, no Paraná estão instaladas, por exemplo, a Prati, Donaduzzi e Cia Ltda, que produz medicamentos genéricos para todo o País e emprega cerca de 2 mil pessoas, e a Sandoz, uma multinacional do Grupo Novartis, instalada em Cambé”, afirmou.

No Paraná estão também empresas produtoras de medicamentos fitoterápicos que são referências ao programa nacional desenvolvido pelo Ministério da Saúde e três farmoquímicas que fabricam insumos farmacêuticos - matérias-primas - para a produção de medicamentos usados no combate a osteoporose e anticoagulantes para os mercados nacional e internacional.

Agência Estadual de Notícias
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