Saúde

Secretaria da Saúde confirma um caso suspeito de gripe suína no Paraná
29-04-2009 11:36

O secretário da Saúde, Gilberto Martin, anunciou em entrevista coletiva nesta terça-feira (28) que o Paraná tem um caso suspeito de gripe suína. Outros três também haviam sido notificados, entretanto foram descartados por critérios clínicos e epidemiológicos.

A suspeita agora recai sobre uma mulher de 53 anos, que chegou do México no início de abril. Ela atualmente está internada em isolamento. As características que levam a suspeita se dão em função do quadro clínico apresentado, com sintomas característicos. A previsão é de que o resultado seja divulgado até o final da próxima semana, após exames realizados no laboratório Fiocruz, no Rio de Janeiro, para onde foi encaminhado.

Martin destacou que não há necessidade de pânico. “O Paraná está preparado para o enfrentamento do problema da gripe suína. Possuímos uma estrutura completa e uma equipe que tem realizado monitoramento 24 horas por dia articulado ao Ministério da Saúde e à Organização Mundial da Saúde. O Paraná possui também um plano de contingência já montado anteriormente para evitar a gripe aviária, que se adequará a essa situação. Além disso o Estado está realizando a capacitação técnica das equipes”, explicou Martin

Além de todas estas ações, há também quatro hospitais públicos de referência no Paraná, denominados sentinelas, que estão devidamente preparados para atender casos desse tipo: o Hospital de Clínicas e do Trabalhador em Curitiba; o Hospital Universitário de Londrina e o Hospital Costa Cavalcanti em Foz do Iguaçu. No entanto, caso haja necessidade de internamento nesses hospitais por suspeita da gripe suína o secretário tranquiliza a população com relação à contaminação interna.

“Essas instituições estão preparadas e equipadas para realizar o isolamento deste pacientes, sem pôr em risco a saúde dos demais que se encontram internados nesses hospitais. Por meio de um sistema de paramentação que não permite que o ar do paciente isolado se misture com os demais, além da destinação de profissionais exclusivos para este paciente, evita-se o risco de contaminação nesses locais”, destaca. Contudo, Martin destaca que apesar de serem referências estes não são os únicos hospitais que podem atender casos suspeitos e que muito menos são as únicas referências. A rotina deve ser normal, com porta de entrada dos pacientes pelas unidades básicas de saúde e consultórios médicos.

Martin lembrou que até o momento não há nenhum medicamento específico para esta doença. O tratamento é sintomático, ou seja, procura-se melhorar os sintomas para o bem-estar do paciente e conter qualquer progressão da doença.

O secretário ressaltou também a importância da imprensa em realizar um papel de auxiliador no enfrentamento deste problema, de forma que procurem repassar as informações corretas e oficiais que serão oferecidas pela Secretaria da Saúde. Para manter a população informada, de forma segura e organizada, a Secretaria irá liberar boletins quando ocorrer qualquer alteração nos casos suspeitos ou novidades com relação à doença.

SINTOMAS – Os sintomas são de uma gripe comum. Apresentação de febre alta, de maneira repentina, superior a 38oC, acompanhada de um ou mais dos seguintes sintomas: tosse, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações. Além disso, para definição de casos suspeitos o paciente deve ter procedência do México, Estados Unidos da América ou Canadá nos últimos 10 dias.

Em função do inverno, que é uma época em que as pessoas podem adquirir gripe com mais facilidade, Martin alertou que as pessoas não devem se preocupar caso apresentem qualquer sintoma de gripe, já que de casos influenza comum continuarão ocorrendo normalmente. Os casos suspeitos serão apenas quando o paciente tiver procedência de outros países e possuam demais sintomas de gripe suína.

“Caso um paciente se enquadre nos sintomas clínicos da influenza suína e tenham vindo recentemente de outro país, a orientação é que procurem a unidade básica de saúde mais próxima de sua residência, que dará o encaminhamento adequado”, explica Martin.

Agência Estadual de Notícias
POW INTERNET
<

Nenhum item encontrado