Saúde

Secretaria de Saúde alerta sobre cuidados para evitar meningite
12-12-2008 10:25

Ambientes fechados com aglomerações de pessoas são exemplos de locais propícios para a transmissão de meningite meningocócica, infecção grave causada por bactéria que pode evoluir para a morte. A fim de evitar possíveis surtos, ou epidemias, como a que já ocorreu no Brasil na década de 70, a Secretária de Saúde alerta sobre cuidados para evitá-la e esclarece o trabalho de monitoramento realizado para conter a doença.

Segundo a responsável pelas doenças transmissíveis da Secretaria de Saúde, Nilce Haida, a meningite é constantemente vigiada nos 399 municípios do Paraná. “Entretanto, em algumas regiões como Ponta Grossa, Londrina, Maringá, Curitiba e Região Metropolitana, locais com maior prevalência no estado, o controle é feito com maior rigor”, esclarece Haida.

A doença pode se manifestar clinicamente de duas maneiras: na forma hemorrágica (manchas com pontos sanguinolentas, feridas e hemorragias) e na clínica (febre, dor de cabeça, vômito, e rigidez na nuca). “A meningite apresenta 13 sorogrupos, sendo que os responsáveis, com maior freqüência pela doença meningocócica, são os tipos A, B e C. A grande epidemia evidenciada na década de 70 foi causada pelo meningococo do tipo A e C. Nesta epidemia, o Paraná apresentou mais de 2000 casos e perto de 400 óbitos”, explica Haida.

De acordo com dados preliminares da Secretaria, de 2007 a 2008 houve um decrécimo no número de casos detectados no Paraná. Foram 132 ocorrências em 2008 com 19 óbitos enquanto que em 2007, foram 151, com 34 óbitos.

LACEN - De acordo com Nilce, para diagnóstico o Paraná conta com o Laboratório Central do Estado, um referencial no monitoramento de agravos de urgências e emergência de interesse da saúde pública, em conjunto com as vigilâncias epidemiológicas, ambiental e sanitária. O Lacen é referência estadual para os diagnósticos estabelecidos em protocolos com o Ministério da Saúde.

MEDIDAS DE PREVENÇÃO: A ventilação de ambientes em que há aglomerações de pessoas como casas, locais de trabalho, ônibus, sala de aula e reuniões, ajuda a evitar infecções e ocorrência da doença, já que se trata de uma doença de transmissão respiratória. Outros cuidados como boa alimentação, higienização das mãos, não tossir ou espirrar sem o uso de lenços também evitam o contágio.

A vacina existente atualmente não consta no Programa Nacional de Imunização, e só está recomendada mediante identificação e caracterização de surtos, conforme avaliação e análise de cada situação. As vacinas são específicas somente para o sorogrupo A e C, ainda que no Paraná a prevalência é para o sorogrupo B, exceto para as regiões de Londrina e Maringá, onde prevalece o sorogrupo C.

As medidas, frente à identificação de cada caso, são feitas por meio da identificação de quimioprofilaxia, ação esta executada pela equipe de vigilância epidemiológica de cada município. Cada caso suspeito de meningite é de notificação obrigatória de cada um dos municípios.


Agência Estadual de Notícias
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