Saúde

Secretaria de Saúde apóia evento de psiquiatria
12-09-2008 16:17

A Secretaria de Estado da Saúde apóia o II Fórum Paranaense de Saúde Mental que acontece em Curitiba, nos dias 12 e 13 de setembro. O evento oferece serviços gratuitos de informações sobre doenças mentais por meio uma tenda de informações montada na Boca Maldita além de palestras gratuitas de especialistas da área no auditório do Conselho de Medicina. A iniciativa é da Sociedade Paranaense de Psiquiatria (SPP) e conta com o apoio da Secretaria de Saúde e do Conselho Regional de Medicina (CRM).

“A Secretaria apóia esse projeto porque acredita que a saúde mental, assim como toda área de atenção à saúde, pode ser resolvida em sua grande maioria na atenção primária. Queremos começar a tratar os pacientes através do programa da saúde da família, dentro de suas casas. Isso será feito por meio de toda uma estrutura e equipes capacitadas pra identificar e tratar problemas psiquiátricos”, disse o Secretário de Saúde Gilberto Martin.

O evento será uma programação gratuita e aberta à população. As inscrições são feitas na Boca Maldita com distribuição de senhas. No Fórum, as pessoas poderão esclarecer dúvidas sobre os principais transtornos mentais com médicos residentes em psiquiatria, receber folhetos informativos e indicações de locais de atendimento público em saúde mental no município.

O serviço estará disponível das 8h às 18 horas. Também acontecerá o Simpósio sobre “Psiquiatria na atenção primária à saúde” e a mesa-redonda sobre “Atenção Psiquiátrica da infância e adolescência”. As palestras serão ministradas no auditório do Conselho de Medicina e serão divulgadas por meio de folhetos.

Números – Segundo dados de uma pesquisa da Associação Brasileira de Psiquiatria em parceria com Datafolha, 9% da população afirma ter enfrentado pelo menos um problema de doença psiquiátrica na família, no período de um ano. Entretanto, essa estatística não inclui pessoas com transtornos mentais leves, as quais, normalmente, não procuram ajuda médica.
Comparando com a quantidade estimada de casos, a procura da população por serviços de saúde nessa área ainda é muito pequena. Entre os principais fatores que contribuem para isso estão a falta de informação e o preconceito contra os portadores e profissionais de saúde mental.

“A solução para esse problema é aproximar o público leigo do tema, com informações de qualidade sobre os transtornos mais comuns e suas formas de tratamento. Hoje há muita desinformação e preconceito da população. Por isso, estamos organizando esse fórum com atividades públicas para levar às pessoas informação técnica e correta pode ajudar a mudar esta realidade”, afirmou o médico psiquiatra Marco Antônio Bessa, presidente da Sociedade Paranaense de Psiquiatria.

“Para receber o tratamento adequado é preciso, em primeiro lugar, ter conhecimento sobre eles e depois aceitar o tratamento diagnosticado. Para isso é importante também a ajuda de familiares e amigos na identificação do problema, já que o doente muitas vezes fica incapacitado de percebê-lo”, disse o médico psiquiátrico do Centro Psiquiátrico Metropolitano, Salmo Zugman.

Dados da Organização Mundial de Saúde apontam que as doenças mentais são uma das principais causas tratáveis de suicídio, responsáveis por cerca de 800 mil mortes no mundo todos os dias.

Pesquisas comprovam que apesar do desconhecimento da população, cerca de 450 milhões de pessoas no mundo sofrem ou sofrerão de problemas mentais, neurológicos ou comportamentais.

“Esse número poderia reduzir significativamente se cada individuo estivessem cientes das doenças e buscassem ajuda assim que percebessem os primeiros sintomas. Principalmente em casos de distúrbios que podem levar ao suicídio o ideal é que o diagnóstico seja o mais precoce possível”, completa Salmo.

Experiência – Lilia Maria Wolf Domingos que sofre de transtorno bipolar de personalidade, contou que sua vida melhorou muito desde que foi diagnosticada há três anos. “Eu tinha muita dificuldade de relacionamento com as pessoas e crises de raiva muito freqüentes, resolvi procurar tratamento porque as dificuldades estavam afetando muito minha vida pessoal e profissional”, disse.

Desde que foi diagnosticada, a paciente leva uma vida normal através de acompanhamento psiquiátrico e medicamento. “Com certeza, procurar a ajuda de um especialista foi a melhor decisão, minha saúde melhorou e as pessoas que convivem comigo percebem a diferença” completa Lilia.



Agência Estadual de Notícias
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