Trabalho e Emprego

Indústria tem o pior resultado na geração de emprego no semestre
16-07-2009 21:02

Brasília - A indústria de transformação teve o pior resultado na geração de emprego no primeiro semestre desse ano, segundo dados do Cadastro geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados hoje (16). O saldo de geração de empregos nesse setor nos seis primeiros meses do ano ficou negativo em 144. 477 trabalhadores.


A indústria só começou e ter saldos positivos mensais de novos empregos a partir de abril. Foi um movimento diferente do restante da economia que passou a ter saldos positivos em fevereiro. Naquele mês, o Brasil criou 9.179 novos postos de trabalho com carteira assinada.

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, se diz otimista quanto a geração de empregos no setor e afirma que no segundo semestre vai acontecer a “virada” no setor da indústria.


“Acredito que nos vamos ter um segundo semestre parecido com o primeiro semestre de 2008, embora estejamos num período de crise. Os dados apontam crescimento e solidez desse crescimento da economia”, disse. Apesar do otimismo, Lupi admite que esse setor é o que mais demorou a se recuperar da crise por causa da dependência do mercado externo.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sergio Nobre, acredita que a indústria possa se recuperar e gerar novos empregos. Contudo, isso vai depender do mercado interno e nem tanto das expoprtações que continuam em queda neste ano.


“O mercado interno deve impulsionar a recuperação. A diferença em relação aos países desenvolvidos é de que eles têm toda a infraestruturaa construída, portos, aeroportos, trens, que o Brasil não tem isso. Aqui há toda uma infraestrutura para ser feita, o que dá potencial enorme de crescimento interno a ser explorado. A saída é se voltar para o mercado interno”, explicou.

Nobre disse ainda que no início da crise muitas empresas demitiram trabalhadores além da conta eque agora montadoras de automóveis e empresas fornecedoras de auto peças estão voltando a contratar novos trabalhadores. “Há sinais de recuperação”, disse Nobre.


Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
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