Trabalho e Emprego

Lupi diz que o mês de fevereiro teve saldo positivo de criação de empregos
13-03-2009 23:38

Lúcia Norcio
Repórter da Agência Brasil

Curitiba - O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, afirmou hoje (13) que houve uma reação positiva no mercado de trabalho, em fevereiro, com saldo de contratações maior que o de demissões. Os números, segundo ele, devem mostrar uma mudança em relação a dezembro de 2008 e janeiro último, quando as demissões superaram as admissões.

"Os dados com que o ministério trabalha não são de pesquisas, são mensurados pelo Caged [Cadastro Geral de Empregados e Desempregados]. Tivemos um mês de janeiro ainda negativo. Pulamos de 800 mil contratações em dezembro para 1,2 milhão em janeiro – foram 400 mil empregos a mais. Só que tivemos 1,3 milhão de demissões. Mas em fevereiro já tivemos saldo positivo”, disse Lupi, referindo-se aos números apresentados pela indústria nos últimos dias.

Segundo Lupi, os números de demissões divulgados pela indústria, principalmente os referentes ao estado de São Paulo, estão atrasados. Ele disse que esses números referem-se aos últimos meses do ano passado.

Para ele, a economia brasileira está sob controle. “Talvez tenhamos os únicos bancos do mundo com solidez, crédito e sem altos índices de inadimplência. O sistema financeiro mundial faliu, os bancos estão sendo sustentados pelo dinheiro público, e no Brasil isso não acontece”.

O ministro ressaltou, ao participar, em Curitiba, da inauguração da nova sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 9ª Região, que abrange o estado do Paraná, que o mercado interno está forte, o que faz o Brasil se diferenciar dos demais países. Para ele, a situação deve se regularizar a partir de março, e o Brasil pode surpreender o mundo sendo o primeiro país a sair da crise e a crescer na economia e na geração de empregos.

"Por que as empresas que lucraram muito em 2008 não chamaram os trabalhadores para dividir os lucros? Agora, num momento de dificuldades, a maior parte dos empresários acha que resolve a situação com demissão. Não é a maneira mais inteligente de agir”, afirmou.

Carlos Lupi lembrou que, quando estourou a crise, em setembro do ano passado, e nos meses de outubro e novembro, as empresas automobilísticas começaram a demitir. “Avisei que era um erro, porque teriam que contratar de novo, e isso já está acontecendo.Além disso, o ministro lembrou que o Brasil está vivendo uma crise que não criou. “Temos que saber passar por esse momento sem fazer o trabalhador pagar a conta. Só a carteira assinada dá dignidade”, concluiu.


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