Trabalho e Emprego

Requião sanciona novo piso regional e reafirma defesa dos trabalhadores
02-05-2009 14:31

O governador Roberto Requião sancionou nesta sexta-feira (1º de Maio), na Festa do Trabalhador, o projeto de lei que fixa o novo piso regional do Paraná - o maior do País - em seis faixas salariais entre 605,52 e R$ 629,65. “O trabalhador ganhando mais, compra mais, mexe com o comércio, com a indústria e no fim a geração de empregos se restabelece na recriação do círculo virtuoso da economia. Este aumento é muito bom para todo o Paraná”, disse Requião no encontro que reuniu mais de 60 mil pessoas na Praça Nossa Senhora da Salete, no Centro Cívico de Curitiba.

Segundo projeções do Dieese, o novo piso regional atende 468 mil trabalhadores formais e representa um potencial de impacto de R$ 754,4 milhões na economia do Estado. “O governo tem que jogar a favor de quem trabalha, a favor do salário, das reivindicações que dão garantia de tranquilidade as famílias dos trabalhadores que são as famílias que levam para frente este País”, disse.

Requião fez questão de reafirmar a atuação do Governo do Paraná na defesa dos trabalhadores: “Não converso com empresários sem ter ao lado um sindicato dos trabalhadores, os que mobilizam a nossa economia com a sua força de trabalho. A crise atual é do capital, surge nos EUA e é conseqüência da irresponsabilidade e da ganância do capital e os trabalhadores não podem sofrer com isto”.

PODER AQUISITIVO - O presidente da Força Sindical, Sérgio Butka, disse que o piso regional paranaense é um grande motivador dos trabalhadores, tanto para os que já têm convenção coletiva de trabalho, como para os que não têm convenção. “Isto faz com que a gente sinta firmeza na busca de uma melhoria do poder aquisitivo do salário. O piso foi implantado há três anos e nesse período recuperamos as perdas salariais em relação aos Estados do Sul. Éramos o Estado que tinha as maiores perdas salariais e hoje já estamos equiparados ao Rio Grande do Sul e Santa Catarina”, disse Butka.

O sindicalista destacou que mesmo em tempos de crises, o aumento do piso regional não provoca desemprego, como dizem setores da oposição. “O piso não tira emprego de maneira nenhuma, mas baliza, faz com que as empresas não explorem a mão de obra. Desde que foi implantado o piso só melhorou o poder aquisitivo dos trabalhadores”, disse. “Pode ser que a crise mundial tire o emprego, mas o piso tem que ser o referencial, porque quanto mais o trabalhador tem poder aquisitivo, mais ele vai consumir e mais emprego vai gerar”, completou.

COMPROMISSO – O vice-governador Orlando Pessuti destacou que no Paraná o primeiro compromisso do Governo do Estado é com classe trabalhadora. “É o compromisso que assumimos desde o dia 1º de janeiro de 2003. É a força do governo comprometido com os trabalhadores, com os mais humildes, com os mais pobres, com um salário cada vez maior”, afirmou. Ele disse que o salário mínimo do Paraná é um exemplo para o País e mostra o quanto é possível resgatar o poder aquisitivo dos trabalhadores. “Os Estados devem fazer como estamos fazendo no Paraná, dando o melhor salário para o trabalhador e melhor renda para os menos favorecidos”, completou.

SOMATÓRIA - O secretário estadual do Trabalho, Nelson Garcia, disse que o salário mínimo regional soma-se às políticas de incentivo fiscais do Governo, fazendo do Paraná o Estado que mais gera empregos no País. “Enquanto muitos Estados estão passando dificuldades, o Governo do Paraná tem ações como o mínimo regional, isenção de impostos, qualificação de mão de obra”, disse. O aumento do salário mínimo, segundo Garcia, é o melhor mecanismo para combater a crise: “É a melhor inclusão social. O trabalhador não quer esmola, quer trabalho para comprar os alimentos e os remédios sem precisar pedir nada para ninguém. É esse o direito que o governo está dando ao cidadão paranaense”.

Participaram da assinatura da sanção do novo salário mínimo os secretários Rafael Iatauro (Casa Civil) e Valter Bianchini (Agricultura); os presidentes do Lactec (Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento), Luiz Malucelli Neto e da Paraná Esporte, Ricardo Gomyde; o diretor geral do Detran/PR, David Antonio Pancotti, e os deputados Bete Pavin (PMDB), Caíto Quintana (PMDB) e Cleiton Kielse (PMDB).

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