Maná da Segunda

Maná da Segunda: Arma de Destruição em Massa



Por Robert J. Tamasy



Temos dedicado algumas edições do “Maná da Segunda” para falar sobre o uso ― e o abuso ― da palavra falada. Parece que, com a proliferação de canais de TV 24 horas, programas de rádio de entrevistas e comentários, Internet e outros meios de expressão, esta questão se tornou mais importante que nunca.



Um popular e controvertido apresentador de entrevistas no rádio sofreu severas críticas pelos comentários que fez, de improviso, no ar. Ele queria ser humorista e divertir os ouvintes, mas não foi o que aconteceu com membros do grupo étnico ao qual se referiu. Ele foi retirado do ar, tendo que deixar um trabalho de anos.



Um velho adágio diz: “Pedras e paus podem quebrar meus ossos, mas palavras nunca poderão me ferir.” Já é hora de aposentar este ditado vez por todas. Ele não é ― nem nunca foi ― verdadeiro. Danos causados por palavras ásperas e insensíveis podem ser mais dolorosos e duradouros que ferimentos físicos. Palavras ditas num impulso de raiva ― ou sem a devida consideração ― entre cônjuges, pais e filhos, ou irmãos, causam sofrimento dentro do lar. No trabalho, onde expectativas são altas e pressões intensas, palavras plenas de carga emocional, ferem tão profundamente quanto lâmina afiada.



Os motivos por detrás de palavras ríspidas podem ser muitos: frustração, hostilidade, inveja, orgulho, ciúme, ira. Muitas vezes, depois de proferir palavras inapropriadas, bem que gostaríamos de poder reavê-las, como fazemos com coisas que atiramos pela janela. Infelizmente o dano já foi feito. Pensamentos venenosos deixam profunda marca mental. Qual a solução?



Muita coisa na vida é espontânea, mesmo palavras proferidas descuidadamente. Como podemos evitar sermos causa dessa destruição verbal em relação às pessoas com quem trabalhamos, com quem nos preocupamos e até mesmo amamos? O livro de Provérbios, na Bíblia, contém idéias que valem ser consideradas:



. Proteja suas palavras como bens preciosos. Assim como o citado apresentador de rádio pagou um preço alto pelas palavras ditas impensadamente e com extrema insensibilidade, também deveríamos estar conscientes das conseqüências de comentários que carecem de consideração, não importando se parecem encaixar-se bem na situação. “Eu não pretendia que soasse daquela forma” ― é a desculpa comum, porém, inaceitável. “Quem guarda a sua boca guarda a sua vida, mas quem fala demais acaba se arruinando” (Provérbios 13.3).



. Não permita que emoções governem sua língua. Mantenha-se consciente dos perigos potenciais de fazer declarações emocionais rudes, das quais possa se arrepender depois. Uma pausa para analisar cuidadosamente o que está para dizer, pode poupá-lo de ter que tentar remediar ou desfazer impactos danosos de palavras ditas sem sabedoria. “Quem tem conhecimento é comedido no falar, e quem tem entendimento é de espírito sereno” (Provérbios 17.27).



. Na dúvida, fique calado. Certo estadista disse: “Melhor permanecer calado e ser tido por tolo, do que abrir a boca e não deixar dúvidas sobre isso.” Quando sob tensão ou em situações carregadas de emoção, somos tentados a expressar nossos pensamentos assim que surgem na mente. “Até o insensato passará por sábio, se ficar quieto, e, se contiver a língua, parecerá que tem discernimento” (Provérbios 17.28).


Próxima semana tem mais!


MANÁ DA SEGUNDA® é uma edição semanal do CBMC INTERNATIONAL, uma organização de âmbito mundial, não-denominacional, fundada em 1930, com o propósito de compartilhar Jesus Cristo com a comunidade profissional e empresarial.

© TODOS OS DIREITOS RESERVADOS PARA CBMC BRASIL , CP. 1515, Barueri, SP, 06493-970. E-mail: mana@cbmc.org.br -A

Veja mais Maná da Segunda