Maná da Segunda

Maná da Segunda - Extraindo o Extraordinário do Comum



Por Robert Tamasy

Você se lembra do seu entusiasmo ao conseguir o seu emprego atual?  Talvez isso tenha representado a realização de um sonho ou o fim de uma longa procura por trabalho depois de deixar um antigo posto. Quem sabe não foi finalmente o recebimento de uma almejada promoção ou ainda a oportunidade de fazer algo que é sua paixão, utilizando habilidades e dons de uma maneira que nunca fora possível anteriormente. 

Agora, porém, você – ou alguém que conhece – está se sentindo inquieto e descontente.  O trabalho que antes você apreciava perdeu seu encanto, se tornou enfadonho, comum, rotineiro. Você sente que não aguenta mais suportar uma atribuição tão insípida. Está na hora de mudar. Não é interessante a forma como um trabalho que antes o entusiasmava de tal modo que você mal podia esperar para iniciar o seu dia tenha se tornado aborrecido, tedioso, até mesmo detestável? É como se “apaixonar” – ficar tão fascinado por uma pessoa que não possa pensar em outra coisa – e, depois de algumas semanas, meses ou anos, ficar imaginando: “O que havia de tão especial nela (ou nele)? 

Nós deixamos nossos empregos, achando que eles não são mais tão desafiadores ou recompensadores como antes. Talvez tenhamos desenvolvido novas habilidades e estejamos prontos para assumir responsabilidades maiores. As circunstâncias que pareciam tão atraentes no princípio podem ter mudado. Contudo, às vezes trata-se simplesmente de uma questão de novidade, uma inovação que se desgastou fazendo um trabalho que era muito bom parecer agora uma prisão. 

Um antigo ditado nos diz: “A familiaridade provoca desdém.” Mas às vezes, pelo fato de um trabalho ter-se tornado familiar não significa que é tempo de deixá-lo. Como escreveu ensaísta e poeta, Ralph Waldo Emerson, “Se as estrelas surgissem apenas uma noite a cada mil anos, como os homens as admirariam e adorariam.” Assim como perdemos nosso senso de admiração ao olharmos para as estrelas porque elas surgem todas as noites, também podemos deixar de “amar” um trabalho simplesmente por termos nos acostumado a ele e suas exigências. 

Embora o entusiasmo tenha se esgotado podemos redescobrir o extraordinário naquilo que é comum. Talvez Deus o tenha colocado onde você está por um motivo. Aqui estão alguns pensamentos que foram extraídos da Bíblia para você considerar:

Talvez o que se precise seja uma nova atitude, não um novo trabalho. Se pudermos adotar uma nova perspectiva para o nosso trabalho, talvez sejamos capazes de abordá-lo com mais entusiasmo. “Ó Deus, cria em mim um coração puro e dá-me uma vontade nova e firme!...Dá-me novamente a alegria da Tua salvação e conserva em mim o desejo de ser obediente.” (Salmos 51:10-12). 

Perseverar até o fim. Precisamos manter um claro senso de vocação, reconhecendo que Deus nos colocou em nosso emprego atual e pode não ser hora de seguirmos adiante. O apóstolo Paulo escreveu: “Irmãos, não penso que eu mesmo já o tenha alcançado, mas uma coisa faço:  esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus.” (Filipenses 3:13-14). 

Lembrando-nos de Quem somos representantes. Como representantes de Jesus Cristo, a forma como abordamos e realizamos o nosso trabalho – até o último dia – recai sobre Ele e espelha nossa fé nEle.  “Portanto, somos embaixadores de Cristo, como se Deus estivesse fazendo o Seu apelo por nosso intermédio. Por amor a Cristo lhes suplicamos: Reconciliem-se com Deus.”  (II Coríntios 5:20).

Próxima semana tem mais!

Robert J. Tamasy, vice-presidente de comunicações da Leaders Legacy, corporação beneficente com sede em Atlanta. Geórgia, USA. Com mais de 30 anos de trabalho como jornalista, é co-autor e editor de nove livros. Tradução de Mércia Padovani. Revisão e adaptação de Juan Nieto.

Questões Para Reflexão ou Discussão   
  1. Qual é sua atitude para com o seu trabalho atual? Ele lhe motiva, inspira e entusiasma como antes? Caso contrário, o que mudou?
  2. Você já experimentou, como o poeta sugeriu, uma perda de entusiasmo – seja pelas estrelas, por um trabalho, uma pessoa ou qualquer outra coisa – apenas por causa da familiaridade? Como foi a experiência para você?
  3. Você acredita que o zelo por um trabalho pode ser renovado apenas pela adoção de uma nova atitude ou perspectiva para com ele? Por quê?
  4. Você pode dar um exemplo de quando Deus o capacitou a redescobrir o extraordinário em algo que havia se tornado comum e morno? Explique sua resposta.



Nota: Desejando considerar outras passagens da Bíblia relacionadas ao tema, sugerimos:  I Crônicas 28:20;  Provérbios 3:5-6;  16:3;  Colossenses 3:17, 23-24;  Apocalipse 21:5-6. 


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