Maná da Segunda

Maná da Segunda -> Futuro: Medo ou Expectativa?



Por Robert J. Tamasy

Quando você ouve a palavra, "futuro", que pensamentos lhe vêm à mente? Que sentimentos começam a aflorar? Você sente entusiasmo, vivacidade e expectativa, ou medo, confusão, desconforto, incerteza, e até mesmo desamparo?


Ninguém se sabe o que o futuro trará. Como um livro cativante que se revela uma página por vez, o futuro se revela a nós um dia de cada vez, com vislumbres do que deve ou pode acontecer dentro de dias, semanas ou meses, mas sem qualquer promessa ou garantia.

Uma declaração de Peter Drucker, autoridade em administração mundialmente reconhecida, chamou minha atenção. Em "The Daily Drucker: 366 Days of Insight and Motivation for Getting the Right Things Done" (Drucker Diário: 366 Dias de Percepção e Motivação Para Fazer as Coisas Certas), uma coletânea de pensamentos extraídos de seus livros, Drucker faz a seguinte observação sobre planejamento de longo prazo, em relação ao futuro incerto: "O futuro exige decisões agora. Exige riscos agora. Urge ação agora. Demanda alocação de recursos e, sobretudo, de recursos humanos agora. Requer trabalho agora.”


Podemos adotar um de dois extremos ao olhar para o futuro: não fazer nada e simplesmente deixa-lo "acontecer", ou nos tornarmos tão obcecados em preparativos para as semanas, meses e anos que estão por vir, a ponto de deixar de viver o presente. Entretanto, existe uma terceira alternativa: com: diligência e sabedoria, agir da melhor forma possível, com base no que conhecemos e podemos antecipar, atenuado pelo reconhecimento de que nem mesmo o mais astuto planejamento pode responder por eventos invisíveis e imprevisíveis do ambiente econômico e do mundo dos negócios.


O livro de Provérbios cita a formiga como bom exemplo de abordagem do futuro: "Observe a formiga, preguiçoso, reflita nos caminhos dela e seja sábio! Ela não tem nem chefe, nem supervisor, nem governante, e ainda assim armazena as suas provisões no verão e na época da colheita ajunta o seu alimento" (Provérbios 6.6-8).

As formigas não podem planejar estratégias de longo prazo, mas instintivamente sabem que para sobreviver aos meses frios do inverno, quando a comida é escassa, devem trabalhar diligentemente durante as estações em que o alimento está disponível. Do mesmo modo, em vez de se tornarem complacentes em tempos de prosperidade e reagirem desordenadamente, quando os negócios sofrem súbita queda, os líderes empresariais serão sábios preparando-se para contingências. Como nos lembra a Bíblia, planejar para o futuro é uma coisa; preocupar-se ou agir com presunção a respeito dele, é outra.


. Não se preocupe com o futuro. Preocupar-se pode parecer produtivo, porque gastamos muita energia mental e emocional, mas em última instância é fútil, porque o futuro envolve fatores que não podemos controlar. Além do mais, a maior parte das coisas com as quais nos preocupamos jamais acontece. "Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã trará suas próprias preocupações. Basta a cada dia o seu próprio mal" (Mateus 6.34).

. Não se vanglorie do futuro. Um plano de ação bem concebido é valioso, mas deve ser flexível para admitir ajustes e mudanças de rumos que não foram previstos. Não presuma do sucesso do Plano A; esteja sempre pronto para implementar o Plano B. "Não se gabe do dia de amanhã, pois você não sabe o que este ou aquele dia poderá trazer" (Provérbios 27.1).

. Não desconsidere o papel de Deus no futuro. Alguém já disse: "Trabalhe como se tudo dependesse de você e ore como se tudo dependesse de Deus." Deixar de reconhecer o envolvimento de Deus nos acontecimentos diários, pode significar o fracasso da sua empreitada. "Ouçam agora, vocês que dizem: 'Hoje ou amanhã iremos para esta ou aquela cidade, passaremos um ano ali, faremos negócios e ganharemos dinheiro. Vocês nem sabem o que lhes acontecerá amanhã!... Ao invés disso, deveriam dizer: 'Se o Senhor quiser, viveremos e faremos isto ou aquilo'" (Tiago 4.13-15).



Próxima semana tem mais!


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Texto de autoria de Robert J. Tamasy, vice-presidente de comunicações da Leaders Legacy, corporação beneficente com sede em Atlanta. Georgia, USA. Veterano com mais de 30 anos de trabalho como jornalista, é co-autor e editor de nove livros. Recentemente colaborou com David A. Stoddard em "The Heart of Mentoring: 10 Proven Principles for Developing People to Their Fullest Potential" (A Essência de Mentorear: 10 Princípios Provados Para o Desenvolvimento Pessoal em Todo o Seu Potencial" e, com Ken Johnson, “Pursuing Life With a Shepherd’s Heart” (Vivendo Com um Coração de Pastor). Tradução de Mércia Padovani. Revisão e adaptação de J. Sergio Fortes.


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