Maná da Segunda

Maná da Segunda - Não Fazer Sua Empresa Crescer - Isto Pode Ser Um Bom Plano



Por Jim Mathis

Minha família tem muitas pessoas que trabalharam para si mesmas, sendo donas de seus próprios negócios. Meu plano, em geral, era desenvolver uma habilidade ou um ofício que me permitisse ser criativo, estabelecer minha própria agenda e obter sucesso financeiro suficiente para não ter que despender um monte de tempo me preocupando em ter dinheiro para as coisas que necessitasse. 

Eu iniciei a Mathis Photo em 1973 e dentro de alguns anos minha esposa e eu pudemos comprar uma casa, desfrutar de viagens e começar a poupar para a aposentadoria. Aqueles eram meus objetivos, e nós os estávamos atingindo. Éramos apenas minha esposa e eu trabalhando para a nossa casa. Havíamos tomado intencionalmente a decisão de continuar fazendo o que fazíamos enquanto nos fosse possível, sem ter que expandir ou assumir mais trabalho do que poderíamos realizar nós mesmos. Mais tarde nos mudamos para um pequeno espaço de varejo, mas mesmo então trabalharmos juntos se mostrou ser o ideal. 

Se eu tivesse contratado empregados, acrescentado mais serviços ou locais adicionais, eu teria que ter me tornado um administrador, desistindo de fazer o verdadeiro trabalho que eu amava. A maior parte dos donos de negócios aparentemente não compartilham daqueles objetivos, pensando que expandir seus empreendimentos seja sempre a melhor opção. Consequentemente, muitos experimentam o estresse de tentar fazer a folha de pagamento, a qualidade do trabalho sofre com isso e geralmente suas empresas fracassam.  

Infelizmente, geralmente se presume que a medida de sucesso de uma empresa seja o total em vendas, a quantidade de empregados que possui, quantos pontos novos foram acrescentados ou o quão grande é o local onde seus produtos são armazenados. Fazermos o trabalho que apreciamos, simplesmente prover para nós e nossa família, parece ficar em segundo plano. 

Os pequenos negócios familiares, mesmo aqueles que tenham sido bem-sucedidos por muitos anos, raramente são valorizados. As assim chamadas “Loja do Papai e da Mamãe” geralmente levam uma conotação negativa, embora um indivíduo, um casal ou uns poucos parentes gerindo juntos um negócio seja quase sempre o modelo mais sustentável para produzir excelentes produtos e serviços por um longo período.

Quando minha esposa e eu administramos um café por vários anos, admitir funcionários era necessário para realizar o serviço. Mas nós decidimos, contudo, que o melhor modelo para realizar as expectativas que tínhamos para aquele café era ficarmos com um único local. Depois dessa experiência marcante, eu novamente estou trabalhando para mim mesmo nos últimos 15 anos e amo o que tenho feito. 

O livro de Eclesiastes no Antigo Testamento apresenta a seguinte observação: “Assim, descobri que, para o homem, o melhor e o que mais vale a pena é comer, beber, e desfrutar o resultado de todo o esforço que se faz debaixo do sol durante os poucos anos de vida que Deus lhe dá, pois essa é a sua recompensa.” (Eclesiastes 5:18). Não há nada de vergonhoso nisso. 

Isso não tem a intenção de desmerecer a ninguém que aspire trabalhar com um empreendimento que venha crescer ou que procure subir a escada corporativa. Entretanto, qualquer um que planeje iniciar um negócio seria sábio se considerasse cuidadosamente de que forma pretende abordar o crescimento empresarial e conhecer quais são os maiores objetivos da companhia. O plano é ganhar tanto dinheiro quanto for possível, prover emprego para quantas pessoas quanto possível ou vender a empresa para um conglomerado? Ou o desejo é ter uma vida boa com o mínimo de estresse e preocupações quanto possível? 

As palavras de Efésios 6:7-8 servem como uma ótima diretriz para a forma como trabalhamos, não importa o tamanho do nosso empreendimento: “Sirvam aos seus senhores de boa vontade, como servindo ao Senhor, e não aos homens, porque vocês sabem que o Senhor recompensará cada um pelo bem que praticar, seja escravo [empregado], seja livre.”  

Próxima semana tem mais!

Texto de autoria de Jim Mathis, dono de um Estúdio de Fotografia em Overland Park, Kansas, USA, especializado em trabalhos corporativos, comerciais e artes dramáticas. Também dirige uma Escola de Fotografia. Jim é autor de "Câmaras de Alto desempenho", livro para pessoas comuns sobre fotografia digital. Foi dono de uma Cafeteria e Diretor Executivo do CBMC, em Kansas City, Kansas, Missouri. Tradução de Mércia Padovani. Revisão e adaptação de Juan Nieto.

MANÁ DA SEGUNDA® é uma reflexão semanal do CBMC - Conectando Business e Mercado a Cristo, organização mundial, sem fins lucrativos e vínculo religioso, fundada em 1930, com o propósito de compartilhar o Evangelho de Jesus Cristo com a comunidade profissional e empresarial. © 2023 - DIREITOS RESERVADOS PARA CBMC BRASIL

Questões Para Reflexão ou Discussão  

1) Você opera um pequeno negócio ou já desejou fazer isso? Quais são seus objetivos em geral – ou quais você acha que eles deveriam ser?

2) Em sua opinião, quais os prós e os contra de possuir um pequeno negócio em comparação a trabalhar ou ocupar a liderança de uma grande companhia? 

3) Por que você acha que tantas pessoas percebem o sucesso empresarial primariamente em termos de números: vendas crescentes, aumento no número de empregados, expansão com novas áreas e maior fatia de mercado? Você acha que deixar de obter essas coisas representa fracasso? Por quê? 

4) Eclesiastes 5:18 fala sobre “desfrutar o resultado de todo o esforço que se faz debaixo do sol”. Qual sua opinião sobre alguém que considera sucesso simplesmente apreciar o trabalho com o qual se envolve? Onde, em sua opinião, Deus Se encaixa nesta equação? 

 

Nota: Desejando ler mais a respeito do tema, sugerimos: Provérbios 10:4-5; 12:11, 24; 16:26; 22:29; I Coríntios 3:9; Colossenses 3:17, 23-24. 

 

 


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