Maná da Segunda

Maná da Segunda - Para Vencer a Corrida de Revezamento da Vida, Não Deixe Cair o Bastão



Por Por Robert J. Tamasy

Frequentemente se diz que a vida não é uma corrida de velocidade de pequena distância, mas, sim, uma maratona. Ao contrário de um percurso curto – uma corrida que mal é dada a largada já termina – a maratona é uma corrida longa e extenuante, que requer persistência, perseverança, paciência e causa dor. Contudo, recentemente cheguei à conclusão de que uma vida verdadeiramente feliz deve assemelhar-se mais a uma corrida de revezamento.  

Em uma corrida de revezamento, quatro membros de uma equipe correm cada qual uma parte do percurso, passando o bastão para o próximo corredor até que todos os quatro tenham completado a sua parte. A ideia é fazer com sucesso a passagem do bastão e terminar à frente das equipes competidoras. Porém, não faz a menor diferença o quão rápido você corra se o bastão não for passado adiante.  

Com os Jogos Olímpicos de Verão em Paris, na França, prestes a acontecer, ressalta-se a importância da passagem do bastão. Durante os Jogos Olímpicos de 2008, tanto a equipe masculina quanto a feminina de revezamento dos 4x100 metros deveriam vencer (equipes dos EUA). Entretanto, durante as semifinais, corredores de ambas as equipes deixaram cair seus bastões, o que as desqualificou.  

Historieta interessante, mas como isso se relaciona conosco – aqueles entre nós que estão ganhando o seu sustento diário no mercado de trabalho global? Simplesmente isso: quer tenhamos consciência ou não, todos nós estamos carregando “bastões” que afinal teremos que passar para outra pessoa.  

Como escritor, escrevi livros sobre três companhias familiares que já foram geridas por várias gerações. Duas delas desafiaram as chances que tinham, não apenas sobrevivendo, mas também prosperando e entrando em sua quarta geração na liderança. Para se ter uma ideia, menos de 30% das empresas familiares sobrevivem à segunda geração; menos de 15% chega à terceira geração e apenas perto de 4% atinge a quarta geração com membros da família no comando. Aqueles que foram bem-sucedidos efetivamente “passaram o bastão”, preservando sua visão, missão e valores originais.  

Mesmo que você não faça parte de uma empresa familiar, ainda assim tem um bastão a passar. Você pode estar esperando ganhar uma promoção dentro de sua organização, pensando acerca de aceitar um novo emprego quando surgir a oportunidade ou até mesmo considerando aposentar-se. Quem vai assumir o seu trabalho quando você se for? Se você está na liderança, idealmente, o sucessor irá desempenhar suas funções do mesmo modo – ou até melhor. Isso é tipicamente chamado de “planejamento de sucessão”. Também poderíamos chamar de “passar o bastão”.  

Considere sua família. Se você tem filhos, quer que eles aprendam e imitem seus valores pessoais, perpetuem as tradições familiares e, se você é um seguidor de Jesus Cristo, abrace a mesma fé e princípios pelos quais você tem vivido? Como você vai “passar o bastão” em sua casa?  

Na Bíblia encontramos muitos exemplos da “passagem do bastão”. Por exemplo, Moisés e Josué liderando os israelitas. Elias e Eliseu servindo como profetas de Deus. Jesus Cristo e Seus discípulos. Um dos meus favoritos é o exemplo de Paulo e Timóteo. A exortação de Paulo ao jovem Timóteo é a perfeita descrição verbal da corrida de revezamento e da passagem do bastão da vida real: “E as palavras que me ouviu dizer na presença de muitas testemunhas, confie-as a homens fiéis que sejam também capazes de ensinar outros.” (II Timóteo 2:2).  

Jesus tinha a mesma ideia quando Ele ordenou a Seus seguidores: “...façam discípulos de todas as nações...ensinando-os a obedecer a tudo o que Eu lhes ordenei...” (Mateus 28:19-20). Ele estava prestes a deixá-los e sabia que Sua missão seria bem-sucedida apenas se eles passassem o bastão às futuras gerações de cristãos.  

Próxima semana tem mais!

Robert J. Tamasy, é jornalista, editor e escritor, e autor de "Business at Its Best: Timeless Wisdom from Proverbs for Today's Workplace" e "Tufting Legacies" (ainda não traduzidos para o português). Em co-autoria com David A. Stoddard escreveu "The heart of Mentoring" e tem editado numerosos outros livros, incluindo "Advancing Through Adversity", por Mike Landry. Tamasy mantém um site www.bobtamasy-readywriterink.com e um blog atualizados semanalmente www.bobtamasy.blogspot.com. Tradução de Mércia Padovani. Revisão de Juan Nieto.

MANÁ DA SEGUNDA® é uma reflexão semanal do CBMC - Conectando Business e Mercado a Cristo, organização mundial, sem fins lucrativos e vínculo religioso, fundada em 1930, com o propósito de compartilhar o Evangelho de Jesus Cristo com a comunidade profissional e empresarial. © 2024 - DIREITOS RESERVADOS PARA CBMC BRASIL -  E-mail: adm.mana@cbmc.org.br -Desejável distribuição gratuita na íntegra. Reprodução requer prévia autorização. Disponível também em alemão, espanhol, inglê e japonês.

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Questões Para Reflexão ou Discussão  

1. Você já assistiu a uma corrida de revezamento durante os Jogos Olímpicos ou outro evento de atletismo? Quais os desafios que a equipe vitoriosa deve vencer?  

2. Em alguns aspectos, a vida cotidiana e o trabalho de fato são como uma maratona. Você pode vê-los de outro modo, eles também podem ser como uma corrida de revezamento: De que maneiras? 

3. Em sua opinião, por que é tão difícil que as empresas familiares sejam bem-sucedidas quanto a passar o bastão para a próxima geração? 

4. O que você pensa da ideia de “passar o bastão” dos valores, princípios e fé dentro de sua própria família? E no ambiente de trabalho? 

Nota: Desejando considerar outras passagens da Bíblia relacionadas com o tema sugerimos: Deuteronômio 6:4-9, 32:44-47; I Timóteo 1:18-19; II Timóteo 1:13; 3:10, 14.  

Desafio Para Esta Semana

Esta semana separe algum tempo para avaliar o quão bem você está correndo em sua própria “corrida de revezamento” e se, quando chegar o momento, você estará preparado para “passar o bastão”.  

Pense sobre os indivíduos que podem sucedê-lo na liderança. Você está treinando alguém para isso? Você tem um plano de sucessão? E quanto à pessoa que assumirá o seu posto se você for embora – ela estará adequadamente preparada para assumir suas responsabilidades? E, o mais importante, o que você está fazendo para passar adiante suas crenças e valores não apenas para seus filhos, mas, como é de se esperar, para as futuras gerações?  

Considere reunir-se com um amigo de confiança para discutir esse assunto e para prover encorajamento mútuo. 

 


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